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Damião Fernandes

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Carnaval do pão, circo e do fel

25/01/2008 às 22h23

Na Roma Antiga era costume a oferta do Pão e do Circo para a satisfação do povo romano. Era a política da enganação, com a clara tentativa de calar a voz da massa oprimida, injustiçada, lembrada apenas em época eleitoral – Qualquer semelhança com a política brasileira não é mera coincidência .

Apesar de estarmos vivendo graves momentos de insegurança pública, corrupção generalizada, grave crise moral, acentuado crescimento do desemprego, funcionários públicos recebendo míseros salários, aumento do número de miseráveis, etc, etc, etc,. Mesmo assim, a sociedade, vive como se nada disso aqui ocorresse. Vive-se como estivesse-mos na cidade das Maravilhas, onde tudo é amor e paixão.

O ESPETÁCULO do pão e circo é sempre um show! É fogos de artifícios de vários modelos explodindo no céu, gente bonita cantando e dançando no palco; é uma coisa fantástica! Com isso, os “políticos”, conseguem confundir os eleitores e ao mesmo tempo, injetarem mensagens gritadas nos ouvidos dos presentes. Na verdade, o povo é prejudicado com armação dos “políticos”, vez que essa manobra, lamentavelmente não ameniza problemas da população. O povo precisa ouvir dos políticos” são propostas decentes nas áreas: Saúde, Emprego, Educação, Moradia, enfim, nas coisas que o Município necessita de mais urgente e que seja de interesse coletivo, e não blá,blá,blá. Dizem que cego é aquele que não quer vê. Isso tem sentido! Na verdade, políticos esbanjadores do dinheiro público procuram driblar inteligência dos eleitores com tais espetáculos fabulosos, esquecendo completamente o compromisso do verdadeiro parlamentar. 

Em conseqüência dessa irresponsabilidade, os Munícipes são literalmente prejudicados com esses shows faraônicos, cujos mesmo normalmente são pagos com dinheiro público, o qual é fruto dos impostos que o povo paga rigorosamente em beneficio do Município. Os prejuízos maiores sempre recaem nos Munícipes, haja vista que esse dinheiro dificilmente é circulado nos comércios locais. Em resumo, os algozes, “políticos”, atingem o alvo com suas mensagens enfadonhas e medíocres. Já os produtores de eventos, evaporam com o cachê para outros lugares, pois eles normalmente são de outra cidade distantes para facilitar a maracutáia com os “políticos” que os contratam.

E como se não bastasse tudo isso, somos “obrigados “a presenciar a gigantesca degradação moral dos nossos jovens, adultos e crianças, mergulhados numa permissividade sexual absurda, totalmente comprometidos em deixarem que os seus instintos estabeleçam as regras da “Folia”, momento de liberarem suas tensões reprimidas e ocasião “oportuna” para não pensarem nas conseqüências dos seus atos, até porque nestes momentos, “pensar” é o menos importante e menos necessário, segundo a regra dos “Foliões”. Após toda essa apoteose dos desejos carnais saciados, resta o vazio angustiante, o azedume dilacerante, onde toda essa Pseudo-alegria vem a acabar na Quarta-feira de Cinzas.

Portanto, é imprescindível que todos se conscientizem que a verdadeira alegria não reside nas prodigiosas festas carnavalescas, nas portentosas e tradicionais políticas do Pão e Circo estabelecidas pelos políticos “amorosos” e “apaixonados” pelos seus municípios. Nem muito menos esta verdadeira alegria encontramo-la á desfilar pela avenida de braços dados com a fornicação. A verdadeira e original alegria é muito mais que uma emoção momentânea ou um desejo desesperado da ocasião. Ela atende por um nome: Jesus, a Alegria dos Homens.

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

Contato: [email protected]

Damião Fernandes

Damião Fernandes

Damião Fernandes. Poeta. Escritor e Professor Universitário. Graduado em Filosofia. Pós Graduado em Filosofia da Educação. Mestre e Doutorando em Educação pela (UFPB). Autor do livro: COISAS COMUNS: o sagrado que abriga dentro. (Penalux, 2014).

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