Em Cajazeiras, Oposição é artigo de LUXO
"Não há necessidade de ser nenhum Cientista Político para entender qual seja a função do Político de oposição – seja ele Deputado, Senador ou Vereador. Subjacente ao direito de oposição, encontram-se a proteção aos direitos das minorias, a fiscalização dos detentores do poder político, a possibilidade de alternância no poder e o garantia dos direitos fundamentais.
Se em qualquer governo verifica-se a ausência efetiva de uma oposição coerente, combatente e independente, teremos o início de uma administração em certo sentido Pré-Ditatorial. A presença da Oposição serviria para dar equilíbrio ao debate de ideias e projetos por ventura oriundos do Executivo. Em Cajazeiras "a situação da Oposição" é um pouco atípica. Isso para não dizer, degradante.
Em Cajazeiras, a população foi ás urnas em Outubro de 2012 para eleger os seus candidatos a Prefeito e a Vereador. Muitos destes se apresentaram integrantes da "ALA DA OPOSIÇÃO". Você Ainda lembra quem foram os 07 "OPOSITORES" eleitos? Veja lá: Lindemberg Lira (PTB), Alysson Lira (Neguim do Mondrian – PDT), Humberto Pessoa (Coleguinha – PTB), Kléber Lima (PTB), Neto da Vila Nova (PTB), Marcos do Riacho do Meio (PT) e Jucinério Félix (PTB). Seis destes aderiram ao esquema situacionista, restando apenas Jucinério Félix como único remanescente desta odisseia.
Onde estão as vozes opositoras na atual Ágora cajazeirense? Onde está o debate livre de qualquer mordaça político-ideológico? Onde fica a liberdade de expressão que não acorrenta suas ideias á cargos, funções, títulos ou empregos comissionados? Onde está a racionalidade do homem que interpela, questiona, contraria, critica? Onde está a racionalidades dos homens letrados e a natural sabedoria dos analfabetos que com posturas éticas atestam que a moralidade não se prende a títulos acadêmicos.Mas pelo contrário, a moralidade situa-se no campo do concreto, das atitudes.
Insistimos em perguntar: Onde estão as vozes opositoras na Câmara Municipal de Cajazeiras? Por anda a racionalidade emancipada e a voz não confundida? Por enquanto naquelas redondezas a voz está rouca, pois é feita de um timbre só, de um homem só. E já dizia o poeta: " Uma andorinha só não faz verão, nem outono, nem primavera e muito menos inverno" um andorinha só, o que muito pode fazer é indicar a dissonância dos gritos e a hipocrisia da esteria momentânea.
Diante o exposto, acreditamos que a trágica realidade não é outra: Temos uma Ágora cajazeirense que deveria ser um caixa de ressonância dos legítimos representantes do Povo mas que se tornou uma extensão territorial do Poder executivo. Uma câmara que não está em condição moral de questionar e muito menos rejeitar projetos arquitetados lá nas salas do "prédio verde".
O agir democrático está comprometido, se não totalmente aniquilado. E o povo? como fica? Ora fica como sempre historicamente tem ficado: Ouvindo lindas e/ou mau conjugadas retóricas de quem está com o estômago cheio.
Não custa nada lembrar aos nobres senhores vereadores "desta casa" que todos foram eleitos, para exercerem posturas a piori estabelecidas. Os senhores foram eleitos como candidatos de oposição e filiados a partidos de Oposição. Por isso, o mínimo digno que vossas excelências deveriam fazer era consultar aqueles que os elegeram para saber em qual lado do Plenário os senhores deveriam sentar-se.
Definitivamente, na "terra que ensinou a Paraíba a ler" – Quanta presunção – ter uma oposição livre, coerente e independente se torna cada dia mais um artigo de LUXO.
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