Éramos nove

Por José Antonio – Meus pais, Arcanjo e Mãezinha se casaram no dia 07 de setembro de 1945, na Capela de Nossa Senhora Aparecida, no distrito de Engenheiro Avidos, celebrado por Monsenhor Abdon Pereira, o mesmo sacerdote que presidiu a missa em Ação de Graças na passagem de suas Bodas de Prata, na Igreja Matriz de Nossa Senhora de Fátima.
Desta união nasceram nove filhos. Seis na vila do distrito e três na cidade de Cajazeiras. Todos nós viemos ao mundo através das famosas “parteiras” e minha mãe sempre deu a luz em sua casa. Até o dia 22 de setembro de 2025, éramos nove e surpresos ficamos com o falecimento de nossa querida irmã Maria da Conceição de Albuquerque, nascida em 11 de março de 1949, que após o seu casamento, em 21 de dezembro de 1965, aos dezesseis anos de idade, com José Laércio de Assis, passou a se chamar Maria de Albuquerque Assis e iria completar este ano 60 anos de casada. Até hoje não consegui entender a retirada do seu nome, na homenagem prestada por minha mãe a Nossa Senhora da Conceição. Teria ficado muito mais bonito: Maria da Conceição Albuquerque de Assis.
Após o seu nascimento, passado certo tempo, por se transformar numa belíssima criança, todos diziam: “ela é linda” “ele é linda” e acabou recebendo o “apelido” de Linda e permaneceu até o dia de sua passagem para a eternidade e continuará sendo Linda, muito Linda em nossa memória e em nosso coração.
Ao longo do tempo se transformou numa exemplar mulher, numa irmã amada, numa mãe amorosa, numa esposa dedicada, guerreira e numa avó coruja. Seguiu o exemplo de meu pai e cresceu no setor comercial e empresarial de Cajazeiras e tinha um dom extraordinário para realizar negócios e morreu igual ao nosso pai, trabalhando e fazendo vendas, através da sua Gráfica Visão, cuja especialidade era a fabricação de calendários e muitos pedidos ficaram para ser entregues.
Uma mulher alegre, brilhante, inteligente, amorosa e gentil. Você se foi, mas sua memória e o amor que sentimos por você viverão para sempre! Quantas aulas e orientações você me deu na arte que você possuía em realizar negócios? “Meu irmão”, como você me tratava carinhosamente, “faça desta maneira que você se dá muito bem” e quando precisava fazer um negócio comigo ela sempre saia na “vantagem”, mas eu saia ganhando porque sempre aprendia mais uma lição.
Nunca vamos esquecer-nos de você, minha amada irmã! Não tem mais aqui aquela alma generosa que tanto apoio e conselhos me dava e a quem eu tanto amo, mas ficam as memórias dos bons tempos que passamos e que guardarei comigo para todo o sempre. Vou recordar você, nossa história, tudo que vivemos. Para sempre vou amar e sentir sua falta, pois agora que você partiu, junto levou um pedaço grande do meu coração. Até sempre, minha amada irmã!
Honrarei sua memória para sempre! Agora temos uma irmã no céu a zelar pelos oito que ficaram, na terra, em sua caminhada.
P.S. Agradecemos as inúmeras manifestações de apreço e carinho dos amigos. Que Deus nos dê o conforto.
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