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José Ronildo

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Esperança

25/07/2020 às 09h45

Coluna de José Ronildo

Meses atrás, o prefeito de Cajazeiras, José Aldemir andou sonhando com uma aliança com o deputado estadual, Jeová Campos, do PSB, que possivelmente, se a intenção do gestor tivesse se concretizado, indicaria Marquinhos Campos como seu candidato à vice.

Jeová decidiu partir em faixa própria na disputa municipal, tendo Marquinhos como pré-candidato a prefeito, e hoje faz críticas à gestão. Segundo ele é precisa acabar com o uso da máquina com fins meramente eleitoreiros, por meio de apadrinhamento político, com a troca de cargos públicos por apoio político. A cidade precisa ter uma política de geração de emprego e renda. O parlamentar também critica os atrasos no pagamento dos servidores municipais, que segundo ele, ocorrer por falta de planejamento. Para ele, é preciso fazer um enxugamento da máquina e cita como exemplo de gestão, a do prefeito de São José de Piranhas, Chico Mendes.

Outra crítica que repercutiu em sites, emissoras de rádio e redes sociais, foi em relação ao desempenho de Cajazeiras no Ideb, que continua perdendo para municípios pequenos da região.

A declaração feita no programa “Batendo na lata” do sapateiro Gobira mereceu uma resposta por parte da secretária de Educação do Município, Corrinha Delfino. A ingerência política na Central de Marcação de Consulta também foi outra crítica feita pelo deputado. Segundo ele é preciso acabar com essa história de vereadores ou suplentes estarem marcando consultas e tomando à frente de quem não tem esse apadrinhamento.

Zé Aldemir tem preferido não polemizar ou atacar o deputado e quando questionado sobre as críticas, prefere não se aprofundar. Não sabemos se ele ainda alimenta alguma esperança no que se refere a essa aliança.

O prefeito José Aldemir também tinha esperança de contar com o apoio à sua reeleição dos vereadores, Marcos Barros, Alysson Américo, Lindemberg e João da Coca, o que também terminou não se concretizando. João da Coca seguiu Jeová; Marcos Barros e Alysson foram para o partido do governador João Azevêdo, que ficou nas mãos de Denise e Lindembergo continuou aliado de Júnior Araújo.

Caminho
Falar em Jeová, está claro que ele escolheu o seu caminho após o rompimento do governador João Azevêdo com Ricardo Coutinho, que se tornaram, de forma surpreendente e em tão pouco tempo, ferrenhos adversários.

Jeová ficou no PSB e continua defendendo o ex-governador. João Azevêdo mandou o recado e disse que o seu partido tem candidata em Cajazeiras, no caso, Denise Albuquerque.

Por sua vez, o deputado estadual, Júnior Araújo, fiel a João, tem cada vez mais prestígio no governo, que é comprovada com indicações de aliados para cargos do Estado no município.

O PSB na Assembleia, mesmo após o rompimento entre Ricardo e João se diz aliado do governo, entretanto, tem assumido uma postura de independência, inclusive, votando em algumas ocasiões contra o governo. Só ainda não faz críticas à gestão, no entanto, o rompimento, segundo observadores é questão de tempo. Cada um vai seguir o seu caminho: João e Ricardo estarão em palanques opostos em 2020 e Jeová, certamente estará no palanque do segundo e o governador sabe bem disso.

Em Cajazeiras talvez João esteja até aliviado com essa pré-candidatura de Marquinhos, pois não terá que apoiar uma coligação com a presença do partido de Ricardo.

Continuar
Pelas declarações do advogado João de Deus Quirino Filho, o prefeito de Cajazeiras José Aldemir pensou em não disputar sua continuidade no cargo, tanto é que chegou a conversar sobre a possibilidade do advogado ser o candidato.

A verdade é que as circunstâncias e os desdobramentos políticos, terminaram levando Aldemir a disputar a Prefeitura de Cajazeiras. Tudo começou quando ele se aproximou da oposição local e consequentemente se reaproximou de Vituriano, pelo fato de ambos terem trabalhado em favor da candidatura de Cássio ao governo, em Cajazeiras.

Aldemir já vinha chateado com Carlos Antonio pelo fator de ter inicialmente trazido para o grupo, Jeová Campos. Como a oposição estava sem nome, houve a convocação para que Aldemir aceitasse entrar na disputa. Como ele não tinha o que perder, aceitou.

Aldemir logicamente tinha uma vida bem mais tranquilo, quando era deputado, pois administrar o município de Cajazeiras não é fácil, tendo se metido em disputa paroquial e ferrenha, que inclusive, mexeu até com sua vida pessoal e abalou seu casamento.

O fato é que Zé Aldemir vai ter que ir para reeleição, entretanto, segundo alguns analistas, só ficará, se eleito, menos de dois anos no cargo, já que certamente voltará a disputar um mandato no parlamento estadual ou federal.

José Ronildo

José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]

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Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

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