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José Ronildo

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Evitar vexame

11/06/2022 às 09h45

Presidente Jair Bolsonaro. (Foto: reprodução/internet).

Por José Ronildo

O núcleo de campanha do presidente Jaior Bolsonaro (PL) trata a disputa eleitoral como um caminho de mão única se ele não quiser passar vexame nas eleições deste ano. O grupo entende que precisa roubar 5% do principal adversário Luiz Inácio Lula da Silva (PT) até meados de agosto.

A definição se dá para evitar uma catástrofe em outubro: a derrota em primeiro turno. Setores da imprensa apuraram que os coordenadores da campanha, mais próximos do presidente já apresentaram um gráfico que mostra realidade semelhante ao das pesquisas eleitorais.

Os mais conservadores do grupo, políticos do Centrão, dizem que Lula tem entre 43 e 47¨% dos votos válidos, ou seja, estaria muito próximo de fechar a fatura ainda no primeiro turno eleitoral, o que seria considerado um vexame por parte de bolsonaristas.

Embora o presidente cogite tentar um golpe, não aceitando o resultado, ninguém leva a ideia a sério porque sabe que ele não teria apoio, além do mais, a população não se convenceu de que as urnas eletrônicas não são seguras, dando margem para uma grande fraude eleitoral contra o presidente.

Por conta disso, os coordenadores da campanha do presidente trabalham com a possibilidade de uma virada da campanha em cima de Lula, na reta final da campanha, entendendo que é possível tirar de 5 a 7 pontos de Lula até agosto e chegar na eleição com a disputa equilibrada. Mas é fundamental que isso aconteça até agosto, caso contrário a vaca vai para o brejo.

O cálculo é matemático. Os bolsonaristas defendem que, se Lula chegar em setembro com 45% dos votos válidos, haverá a mesma onda que houve com o atual presidente em 2018 e que o fez saltar de 37 para 46% em uma semana. Entendem que se o ex-presidente chegar neste termos de hoje, ele leva no primeiro turno porque haverá migração dos indecisos e até de outros candidatos para ele. É o chamado voto util.

A estratégia da coordenação de campanha de Bolsonaro é centrar forças em temas conservadores para conquistar o voto dos indecisos e até tirar de Lula, com os mesmos temas da campanha passada, no caso, aborto e a defesa da família tradicional e da Pátria.

Cortes
Lamentável o tratamento dado pelo atual governo às universidades federais. Parece que o objetivo é fechar. No último dia 30, o presidente Bolsonaro editou decreto com um corte no orçamento no valor de R$ 14 bilhões valor necessário para garantir o reajuste salarial dos servidores e abrir espaço para gastos com despesas obrigatórias.

O Ministério da Educação anunciou o bloqueio de R$ 3,23 bilhões. A medida afetará principalmente a Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica. As instituições federais apertam que precisarão cortar gastos com pesquisas científicas, projetos de extensão, manutenção e assistência estudantil para alunos de baixa renda. As universidades já vinham sofrendo com a falta de recursos até mesmo para o pagamento de energia, água, fornecedores e servidores terceirizados nos setores de segurança e limpeza. Agora, estão com as mãos na cabe e não terão outra saída a não ser cortar na própria carne. Triste.

Quando a gente lembra que a bem pouco tempo atrás as universidade vivenciaram uma realidade bem diferente, de extensão, com novos campi, novas universidades e a criação de novos cursos, como medicina, enfermagem, odontologia, principalmente no interior, como aconteceu em Cajazeiras, por exemplo, o sentimento é de tristeza. Infelizmente o atual governo elegeu as universidades públicas como inimiga número 01 do governo. Teve um ministro que desferiu ataques nunca vistos às universidades federais.

Apoios
O deputado estadual Júnior Araújo perdeu o apoio da vereadora Aurélia Anacleto, do município de Poço de José de Moura. Ela anunciou que este ano vai apoiar a pré-candidatura de Airton Pires. Por sua vez, o parlamentar também está na iminência de não contar deste vez com o apoio da ex-vereadora e ex-vice-prefeita do município de Triunfo, Tilene Gonçalves. Ela também deve apoiar Airton, atendendo um pedido do prefeito Espedito Filho.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

José Ronildo

José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]

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Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

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