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José Ronildo

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Expectativa

28/10/2022 às 19h09

Lula e Bolsonaro. Foto: Reprodução da internet

Por José Ronildo

A polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula na disputa presidencial deste ano já era esperada, entretanto, muitos, especialmente os eleitores do ex-presidente certamente não imaginavam que teríamos uma disputa tão acirrada.

A novidade na campanha deste ano foi o surgimento do nome da senadora Simene Tebet, pelo MDB, mesmo com o partido dividido. Soraia, candidata pelo União Brasil também foi uma novidade na campanha, além do padre Kelmon, pelo PTB. Já Ciro Gomes não conseguiu se apresentar como uma alternativa viável neste cenário de polarização que ele também contestou.

O fato é que o atual presidente cresceu bastante no primeiro turno, tendo em vista que antes da campanha começar ele aparecia nas pesquisas bem atrás do ex-presidente Lula, com 32, 36% no máximo. No final da campanha houve, inclusive, a expectativa no sentido de que Lula pudesse vencer no primeiro turno. Houve inclusive, uma campanha pelo voto útil, no sentido de convencer o eleitorado de Ciro, Soraia e Tebet de votar em Lula justamente para que a parada fosse decidida logo no primeiro turno.

O fato é que durante a apuração o eleitorado de Lula percebeu que a coisa não ia ser tão fácil. Bolsonaro liderou a apuração até o início da noite, com mais de 60% dos votos apurados. Ele venceu nos estados do Sul, Sudeste e Centro Oeste.

A virada só aconteceu quando começaram a chegar os votos nas duas regiões onde Lula venceu com folga: Norte e Nordeste do País. Lula venceu as eleições em 14 estados, enquanto Bolsonaro ganhou em 12. Lula ficou com 48,43% dos votos enquanto o atual presidente conquistou 43,20% do eleitorado. A maioria pró-lula foi de 6 milhões 187 mil 159 eleitores.

Ao término da apuração notava-se um certo entusiasmo entre os eleitores de Bolsonaro e um desânimo na campanha de Lula que não esperava o crescimento do concorrente na reta final da campanha eleitoral, entretanto, o ex-presidente levantou a cabeça e foi novamente à luta.

O interessante foi que o presidente Bolsonaro ao final da votação não questionou o resultado e disse entender que não ganhou a eleição em função de muitos eleitores ainda estarem insatisfeito com a disparada nos preços da cesta básica, o que ele atribuía a guerra entre Rússia e Ucrânia e a pandemia.

O fato é que Lula continua liderando as principais pesquisas de intenções de voto, apesar da diferença não ser grande. O segundo turno foi uma guerra, com o envolvimento na disputa de artistas, jogadores de futebol, influenciadores e até assédio de empresários em cima dos funcionários. Muitos eleitores preferiam que não houvesse segundo turno ou que pelo menos, ele fosse bem mais curto.

Neste segundo turno das eleições, Simone Tebet anunciou apoio a Lula, gravando para o programa eleitoral e partitipando de manifestações públicas. Ciro disse que seguia a orientação do seu partido, o PDT, que foi pelo apoio a Lula, entretanto não vestiu a camisa do candidato. Bolsonaro recebeu o apoio do governador de Minas Gerais, Zema.

Demandas
Resta saber se o senador eleito Efraim Filho, após o segundo turno das eleições virá a Cajazeiras ouvir a sociedade civil organizada, especialmente a classe empresarial sobre as demandas da cidade, como fez Vitalzinho quando foi eleito Senador.

Sem representação na Câmara e no Senado, Cajazeiras tem ficado de fora das emendas de bancada. Os recursos têm sido canalizados para João Pessoa e Campina Grande. A cidade precisa duas alças – norte e leste e do Parque Linear do Açude Grande, além de uma linha aérea para João Pessoa.

José Ronildo

José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]

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Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]

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