Geração de robôs?

Imagem ilustrativa - reprodução/internet

Por Alexandre Costa – Chamou atenção uma recente e apurada pesquisa da Dell Technologies, uma gigante norte-americana líder mundial na fabricação de computadores e na área da tecnologia da informação (TI) com atuação também aqui no Brasil. A Dell quis saber quem são e o que pensam e almejam os  jovens da chamada Geração Z, com idade entre 18 a 26 anos, que nasceram interagindo com dispositivos eletrônicos e cresceram com as redes digitais.

Realizada em meados do ano passado em 15 países, inclusive no Brasil, a pesquisa da Dell conseguiu captar e identificar opiniões e sentimentos de um estrato social de importância crucial na formação e no rumo da nossa sociedade nos próximos anos. Estão ali consumidores, trabalhadores, eleitores e os nossos futuros líderes que nos trouxeram números e revelações surpreendentes.

No Brasil, esses jovens não titubearam durante a pesquisa quando foram questionados sobre os mais diversos temas, entre eles, a retomada econômica, investimentos, intervenção do estado ou do setor privado e também sobre as perspectivas do novo governo promover o crescimento sustentável e o pleno desenvolvimento social do país.

A Geração Z, quando auscultada, revelou  que 79% acreditam que focar investimentos em serviços de saúde pública pode livrar o país da estagnação econômica, mas foram céticos quando, 49% afirmaram que tinha baixa ou nenhuma confiança que o governo tenha capacidade de retomar o crescimento econômico nos próximos 10 anos. Apenas 10% confiam nas instituições públicas contra 18% que acreditam na eficácia das empresas privadas, mas a grande maioria, 45% deles sugerem que o setor público e privado deve trabalhar juntos para desenvolverem e executarem conjuntamente politicas públicas desenvolvimentistas sustentáveis e que se responsabilizem mutuamente.

Engana-se quem pensa que criamos uma de geração de robôs. Temos uma geração calcada num mundo colaborativo que busca a cada dia a interação humana no ambiente de trabalho com 58% optando trabalhar em equipe e com 43% desses jovens preferindo a comunicação interpessoal. São jovens que vivem na era da Inteligência Artificial que buscam construir seu espaço na sociedade e no mercado de trabalho sendo às vezes ignorados e até esquecidos. Desprezar a Geração Z é desprezar o futuro. Um engano fatal que pode nos custar muito caro.

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Comércio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Leia mais notícias no www.diariodosertao.com.br/colunistas, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Alexandre Costa

Alexandre José Cartaxo da Costa é engenheiro, empresário, especialista em Gestão Estratégica de Negócios pela Universidade Potiguar, diretor da Fecomercio PB, presidente da CDL de Cajazeiras e membro fundador efetivo da Academia Cajazeirense de Artes e Letras (Acal).

Contato: [email protected]