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Radomécio Leite

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Instituto de Medicina Legal

10/04/2010 às 23h18

Por José Antonio

O município de Cajazeiras está encravado na Região do Alto Piranhas e polariza mais quatorze municípios e habitam nela cerca de 160 mil pessoas e em dezembro de 2009 possuía 120 mil eleitores. A cidade de Cajazeiras tem um hospital com 150 leitos que atende a toda a esta vasta região sertaneja, além de um Curso de Medicina e um Curso de Direito.

Quando destaco só os cursos de Medicina e Direito é para chamar à atenção que em ambos existem na sua grade curricular a disciplina Medicina Legal, que segundo o mestre maior, professor Genival Veloso de França, esta disciplina “é a contribuição da medicina e da tecnologia e ciências afins às questões do Direito, na elaboração das leis, na administração judiciária e na consolidação da doutrina”, ou ainda como define outro mestre Ambroise Paré: “ela é a aplicação dos conhecimentos médicos aos problemas judiciais”.

Na Antiguidade já se fazia presente a Medicina Legal; no Egito, por exemplo, mulheres grávidas não podiam ser supliciadas – o que implicava o seu prévio exame. Na Roma Antiga, antes da Reforma de Justiniano a Lex Regia de Numa Pompilio prescrevia a histerectomia, quando a gestante morresse – e da aplicação desta lei, segundo a crença de muitos e a refutação de outros – teria advindo o nascimento de Júlio César (quando o -nome César, assim como cesariana, advém ambos de coedo=cortar).

Na Antiguidade, na Idade Média e na Renascença são inúmeros os exemplos, e um deles foi a necropsia feita no Papa Leão X, suspeito de haver sido envenenado, em 1521. Mas é na Alemanha que se encontra o verdadeiro berço, com a Constituição do Império Germânico, que tornava obrigatória a perícia em casos de ferimentos, homicídios, aborto, etc.

Depois deste breve relato sobre a importância da Medicina Legal, cabe a pergunta: por que Cajazeiras ainda não tem um Instituto de Medicina Legal? Por que as nossas famílias têm que passar pelo constrangimento de ver os seus entes queridos serem transportados para a cidade de Patos ou até para Campina Grande para a realização da necropsia e a obtenção do atestado de óbito, e muitas vezes ficam com um pequeno espaço de tempo para o velório, tanto é a demora do translado do corpo entre as cidades e a sua liberação.
E o mais grave é quando se trata de uma pessoa que não tem recursos e o corpo fica horas e horas na “pedra do hospital” aguardando que uma pessoa da família faça uma peregrinação pelas ruas da cidade e pelos gabinetes dos políticos implorando por caridade uma ajuda.

No ano passado, um cidadão foi sepultado sem a realização da necropsia, por absoluta falta de recursos para levar o cadáver para Patos e meses depois o delegado ao ver o processo convocou peritos para exumar o corpo para atestar a causa da morte. Foi mais um triste e lamentável episódio para esta pobre família.

Quando será que as nossas autoridades, os lideres políticos e os nossos representantes na Assembléia Legislativa da Paraíba vão deixar de se preocupar somente com o seu núcleo de poder e passam a se envolver com as questões que dizem a respeito às necessidades do povo?

Não tenho conseguido entender porque uma cidade do porte de Cajazeiras não possuir um Instituto de Medicina Legal para atender esta imensa, sofrida, desprezada e pobre região. Acorda Cajazeiras senão você vai ser enterrada viva, sem direito a uma necropsia.

Liderança
O empresário Osvaldo Martins, titular da DICAL – Concessionária Fiat de Cajazeiras foi o campeão de vendas, na área a qual pertence a sua empresa, no mês de março, inclusive ultrapassando as cidades de Mossoró, Rio Grande do Norte e Juazeiro do Norte, no Ceará, ao colocar no mercado 140 novos veículos Fiat. Com o crescente volume de vendas, Osvaldo já estaria “cotado” pela Fiat para ganhar mais uma concessionária, possivelmente em uma das capitais do Nordeste. Osvaldo é o mais jovem empresário do setor, em Cajazeiras, com perspectiva de fazer as suas empresas crescerem ainda mais e com isto ampliar o número de funcionários e de arrecadação de impostos e assim contribuir de forma inequívoca com o desenvolvimento de Cajazeiras. Vale salientar que a Matriz de suas revendas continuam sendo Cajazeiras.

Nas páginas da Veja
A revista Veja, na coluna Radar, edição de 7 de abril,publicou a seguinte nota, com o titulo: “Um outro filho do Brasil”: “No livro de memórias que lança no fim do ano pela Record, Maílson da Nóbrega revela uma trajetória digna de um “filho do Brasil”, epíteto hoje grudado em Lula. Maílson vem de uma família nordestina pobre. Seu pai, vendedor de caldo de cana na Paraíba, teve dez filhos – todos com nomes começando pela “M”. o menino Maílson foi para Cajazeiras (PB) sem o 2º grau completo, tornou-se escriturário do Banco do Brasil, estudou e virou ministra da Fazenda. Seu filho, Marcio, hoje é um bem-sucedido funcionário da Microsoft em Seattle”. Maílson foi professor de matemática do Colégio Diocesano Padre e o construtor da AABB da cidade, fatos que ele deverá publicar neste seu livro de memórias.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Contato: [email protected]

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