João se firma como liderança

João Azevêdo. Foto: Divulgação

Por José Ronildo

O resultado do pleito eleitoral para o governo do Estado serviu para que o governador João Azevêdo se firmasse como liderança política já que era tido como eleito graças ao ex-governador Ricardo Coutinho.

João foi apresentado ao eleitorado por Ricardo como engenheiro competente e responsável pelas principais obras executadas pelo governo do Estado na gestão de Ricardo.

O problema foi que logo no início do governo, quando estourou a operação Calvário veio o rompimento e Ricardo passou a fazer críticas ao governo de João, que teria que mostrar competência não apenas como auxiliar, mas como comandante.

Para complicar veio a pandemia, quando o mundo parou e o governador João Azevêdo se viu diante de um enorme desafio. Todas as obras tiveram que parar e as atenções estiveram totalmente voltadas para a crise sanitária.

O lema era – controlar a pandemia e salvar vidas. Ao final, o governador juntamente com sua equipe comandada pelos secretário de Saúde Geraldo Medeiros fizeram um ótimo trabalho, mesmo com a maior autoridade do País, o presidente da República dizendo que os governadores estavam errados. Houve uma tentativa de responsabilizar os governadores pelo desemprego em função das medidas restritivas adotadas.

O fato é que o chefe do executivo se saiu muito bem na administração da pandemia e não faltou leitos para os que precisaram. Hoje a Paraíba é reconhecida nacionalmente pelo equilíbrio fiscal e todos os indicadores econômicos são positivos.

O governo ainda desenvolveu programas de segurança alimentar, aumentando o valor do Cartão Alimentação e criando programas como o “Tá na Mesa” e os Restaurantes Populares que estão ainda hoje servindo refeições ao preço de R$ 1,00.

Outros programas que também mereceram destaque foram a isenção do IPVA de motos em até cinco anos para quem estava com o licenciamento atrasado; a habilitação solidária e principalmente, o Opera Paraíba que acabou com a fila da vergonha, no caso, pessoas que estavam esperando há anos para realizar uma cirurgia eletiva e não conseguiam. Outro desafio que o govenador precisava resolver era acabar com os codificados e com os contratos temporários e isso foi feito.

O governo de Ricardo criou uma Bolsa Desempenho que era paga apenas aos policiais dos batalhões que conseguissem reduzir a criminalidade e apreender o maior número de drogas e armas. Os policiais da reserva não tinham direito. O governo atual incorporou essa bolsa desempenho ao contracheque dos policiais de forma escalonada, beneficiando também os da reserva pondo fim a um movimento grevista da categoria que teve, lógico, o aproveitamento político por parte de alguns adversários.

Com a diminuição no número de casos de Covid-19, o governo do Estado começou então a executar obras como o Centro de Convenções em Campina Grande e do hospital da mulher em João Pessoa; anunciou a construção de creches em parceria com mais de 100 prefeitos municipais e o asfaltamento de ruas em mais de 170 cidades, com recursos próprios.

Em Cajazeiras, antes da pandemia, concluiu o IML e a 6ª Ciretran, reformou o Colégio Estadual e inaugurou a 4ª adutora, entretanto, outras obras anunciadas não foram concluídas, a exemplo da pavimentação asfáltica da estrada de Boqueirão; a abertura da Rua João de Sousa Maciel; a reconstrução da Escola Manoel Mangueira e o acesso asfáltico à 6ª Ciretran.

O fato é que João mostrou a Ricardo Coutinho que não só estava pronto para governar a Paraíba, como também para vencer as eleições sem o seu apadrinhamento e que portanto, ganhou voo próprio na política paraibana.

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José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

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