José Aldemir: lealdade e coragem
Por José Antonio
Tenho uma grande admiração pelo cidadão José Aldemir Meireles. Conheço-o desde os tempos do velho e tradicional Colégio Diocesano Padre Rolim. Fomos contemporâneos de banco escolar. Enquanto estudante já tinha “tendências” para a vida pública, pois se envolvia na política estudantil desde os idos da saudosa Associação dos Estudantes Secundaristas de Cajazeiras e da Associação Universitária de Cajazeiras – AUC.
Cursamos o ensino médio nos mesmos estabelecimentos de ensino: Colégio Lins de Vasconcelos, em João Pessoa e Colégio Carneiro Leão, na cidade do Recife, onde o concluímos. Nestas idas e vindas, nos encontros e desencontros, fiquei no Recife e José regressou para João Pessoa onde fez seu curso de medicina. Voltamos a nos encontrar nos eventos da AUC e no inicio de suas lutas político-partidárias.
Ingressou na política partidária e assumiu seu primeiro mandato de deputado estadual em 1985, pela Assembléia Legislativa da Paraíba e nela permaneceu até 1994, quando foi eleito deputado federal – 1995 a 1999. Infelizmente não foi voltou à Câmara Federal, foi derrotado pelos barões do dinheiro.
Voltou outras vezes à Assembléia e na última eleição foi o campeão de votos de seu partido (DEM). Até o mês de fevereiro deste ano fazia parte da base de sustentação do governo Cássio da Cunha Lima. Hoje é um homem de oposição, depois que José Maranhão assumiu por decisão do Superior Tribunal Eleitoral o governo da Paraíba.
Sinceramente, gosto mais do Zé Aldemir na oposição. As suas explosões, que ele considera um defeito seu, aliadas a sua coragem e quando começa a balançar as pernas, uma de suas manias, saia da frente. Não mede distância e muito menos as conseqüências, mas com sua posição de não mandar recado para ninguém, ele mesmo é portador de suas opiniões e atitudes.
José tem uma qualidade: é humilde. Quando se excede, nos momentos de suas explosões, tem a dignidade de baixar a cabeça e pedir desculpas.
Considero José um escravo do povo. Não existe silêncio de sua parte para as necessidades e angústias dos munícipes que o acompanham nesta sua longa trajetória política. Encara com muita responsabilidade o mandato que o povo lhe outorgou, na sublime função do servir, sem quedar.
Hoje, sem contar com as benesses do poder executivo estadual, continua com o mesmo ritmo de trabalho e atende a todos que o procuram, tanto nos municípios como no seu gabinete em João Pessoa, onde a sua equipe de assessores, com presteza, encaminha todos os pleitos de seus eleitores. Este talvez seja o segredo de tantas vitórias alcançadas ao longo de sua vida.
Um fato marcante na vida deste parlamentar, que eu saiba, não existe qualquer dano, ação ou omissão danosa ao patrimônio do povo. Isto mostra uma trajetória de vida ilibada, de conduta e caráter que enobrece o parlamento paraibano e sempre tem buscado, como missionário do destino público, atender aos interesses que não fossem àqueles voltados para a grandeza da Paraíba. É um deputado pobre e se eleger neste país sem dinheiro no bolso, só mesmo com serviços prestados ao povo.
Com uma formação cristã, iniciada nos bancos escolares do Seminário Nossa Senhora da Assunção, em Cajazeiras, tem demonstrado que até mesmo nos momentos em que o murmúrio áspero da perfídia, do engano, das omissões e das traições nos labirintos das incompreensões bate a sua porta ou os encontra na poeira das estradas, muitas vezes tem opinado pela alegria do perdão, sem mágoas ou rancores, mas com o pensamento voltado para os seus princípios cristãos.
Quem não ouviu falar do acolhimento de José, no seu coração, dos humildes, dos sem nada, dos doentes, dos desafortunados e ele sempre com as mãos estendidas e gestos que engrandecem e exaltam a sua ação pública, os abraça. Esta tem sido a caminhada de José, com testemunho de muitos, muitos mesmo. Servir ao povo talvez seja o ato mais confortante e que o mantém forte e firme nesta caminhada e fazendo de sua vida um verdadeiro sacerdócio. Sacerdócio exercido com muita fé, trabalho, honestidade e a honra de continuar servindo à Paraíba.
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