Missão difícil
A antecipação do anúncio dos nomes que vai compor, a partir de primeiro de janeiro de 2009, o escalão superior da gestão do médico Léo Abreu, eleito no último dia 05 de outubro, em cinqüenta dias, está sendo analisada como uma tentativa do mesmo em se livrar das pressões que estaria passando desde o dia da vitória.
Uma outra versão seria a de, antecipando os nomes, já começaria a trabalhar, partindo do pressuposto que esta equipe teria pleno conhecimento da realidade do município. Esta talvez fosse uma função da equipe de transição, que poderá ser formada em breve, desde que, segundo o prefeito Carlos Antonio, o médico Léo Abreu indique um nome para que a mesma seja composta.
Comenta-se que alguns nomes declinados não cheguem nem a tomar posse, diante da reação dos próprios correligionários do prefeito eleito que estão fazendo seriíssimas restrições, principalmente sobre a capacidade técnica-administrativa de alguns. Quem teve a oportunidade de ouvir o médico Léo Abreu anunciar os nomes, quando a indicação partia de sua própria vontade, era lido um currículo substancioso e exaltava as qualidades do seu futuro auxiliar.
Mas Dr. Léo teve o cuidado e deixou bem claro que logo que tomar posse vai providenciar uma reforma administrativa, criando novas secretarias, fundindo outras e nesta oportunidade poderá até substituir nomes, baseado no desempenho de cada um, agora talvez, sofrendo menos pressões dos aliados partidários que contribuíram para a sua eleição.
Algumas pessoas reconheceram que a escolha destes nomes não seria uma tarefa tão fácil e ainda seria uma missão impossível formar uma equipe com nomes oriundos dos quadros do estado, da universidade e de outras instituições, a exemplo do CEFET. Temos nomes do mais alto nível em Cajazeiras? Com certeza. Mas quem daria sua cota de sacrifício, principalmente do ponto de vista salarial?
Temos o exemplo, para citar apenas um nome, o do agrônomo Adalberto Nogueira, indicado para a pasta do planejamento, que para aceitar esta espinhosa missão, vai ter que sacrificar os seus negócios e em conseqüência contabilizar prejuízos.
Um administrador de uma cidade do tamanho de Cajazeiras, com problemas grandiosos, tem que se acercar de técnicos capazes de encaminhar soluções, de elaborar projetos, de pensar para aonde a cidade deve crescer e ter um profundo conhecimento de sua área. Não podemos nos dar ao luxo de indicar pessoas sem a menor condição para que a mesma vá aprender o que é ser um agente político durante a sua permanência na função. É perda de tempo e de dinheiro. E Dr. Léo sabe muito bem que na sua equipe os nomes de peso são poucos.
A colaboração emprestada pelos seus aliados na formação da equipe poderia ter sido bem melhor. Não tendo nomes, no partido, poderiam ter declinado da indicação, pois tenho certeza que o prefeito o teria, mesmo sem ser estrelas, bem melhor do que estes que aí estão.
Deve estar sendo uma missão impossível o desafio do Dr. Léo em entregar os sonhos que vendeu durante a campanha e transforma-los em realidade. São os ossos do oficio, principalmente quando existem muitos compromissos a serem cumpridos e que foram construídos ao longo da campanha política. Os que foram costurados em forma de compensação ainda são mais complicados ainda, mas fazer o que? Nós é que sofremos com as conseqüências.
O resto é torcer para que esta equipe corresponda à confiança do prefeito e do povo de Cajazeiras.
Critica contundente
Para relembrar: quando Carlos Antonio, em 2000, nomeou a médica Flávia Galdino para a secretaria de saúde do município de Cajazeiras, fiz duras críticas ao mesmo e o indagava porque ele importava pessoas quando Cajazeiras possuía muitas outras capazes de ocupar uma das mais importantes pastas do município. Falei no rádio, esbravejei e gritei defendendo o meu ponto de vista. Logo depois das criticas Carlos entrou no ar e defendeu a sua indicada, explicando que ela era no momento uma das melhores técnicas na área de saúde da Paraíba. Na realidade foi ela que implantou a municipalização da saúde em Cajazeiras e fez um excelente trabalho na nova estruturação do órgão perante o estado e o governo federal. Agora como Carlos conseguiu trazer a Dra. Flávia para Cajazeiras só ele pode explicar. De uma coisa tenho certeza: não foi fácil. Auxiliar de primeira custa caro e com esta merreca de salário que um secretário ganha, fica difícil convencer os "excelentes", a exemplo de Frassales, a ser secretário.
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