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Radomécio Leite

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Modelo falido

30/09/2009 às 07h35

Por José Antonio

A movimentação de troca-troca de partido da qual estamos assistindo no cenário político do País espelha bem o trabalho nulo que os representantes do Congresso Nacional têm tido em relação a uma reforma política que possa servir como herança para muitas gerações de brasileiros interessados em um melhor desempenho dos partidos políticos.

Existe uma indefinição no ar. Vários parlamentares, alegando justa causa, foram ao Tribunal Superior Eleitoral, para mudar de partido e outros admitem que devam deixar suas siglas para integrarem-se a partidos menores, o que pode aumentar as chances de manterem seus assentos nas Assembléias Legislativas, nas eleições de 2010.

A cada eleição gera uma nova expectativa e os deputados federais e senadores são acusados de serem os grandes culpados por estarem pensando apenas em seus próprios benefícios e por isso não se empenham para concretizar uma alteração na legislação eleitoral e partidária que regularize questões gerais. Está faltando esse povo parar de pensar somente neles e começar a pensar no País.

Até bem pouco tempo qualquer cidadão que pretendesse se filiar a um partido político buscava a sua linha programática e principalmente a sua ideologia, hoje nem os partidos e muito menos seus filiados não possuem mais ideologias sólidas e desconhecem completamente suas linhas de pensamento e projetos de poder. Está todo mundo no mesmo “vagão”, pensando igual e não existe motivo mais forte e convincente que prendam os integrantes aos partidos. E todos mudam de partido, como mudam de camisa.

Que identidade teria o Partido dos Trabalhadores de hoje? Seria o PT de hoje o mesmo de outrora? Não teria mudado de postura e de discurso? Não estaria sendo esta a causa de alguns importantes filiados desta agremiação terem trocado de partido? O mesmo comportamento está acontecendo com todos os partidos deste País. Enquanto isto a reforma política se arrasta e todas as crises políticas que temos vivenciado, talvez, tenham as suas raízes no modelo político falido que adotamos.

O Congresso Nacional está devendo aos brasileiros uma reforma política e esta é uma divida social e política, para evitar o que está acontecendo quando mais de duas dezenas de deputados requereram ao Tribunal Superior Eleitoral a declaração de justa causa para troca de legenda. A troca de legenda atinge políticos de diferentes estados.
Aqui na província não se tem falado em outra coisa nas rodas políticas: o troca-troca de agremiação partidária. A começar pelos candidatos a governador, a senador, a deputado federal e principalmente a deputado estadual, quando a maioria vai tentar ingressar em partidos menores o que pode aumentar as chances de ser eleito, nas eleições de 2010.

O Congresso Nacional está devendo uma Reforma Política que possa reduzir a corrupção, que a política deixe de ser um “negócio” e um abrigo para os desonestos e oportunistas e que ao mesmo tempo possa valorizar a atuação de políticos comprometidos com os valores morais, éticos e de interesses coletivos.

Uma ampla reforma política é a esperança de um Brasil melhor e que poderá contribuir para recuperar a credibilidade da classe política e apagar de uma vez da memória do povo que a grande maioria dos agentes políticos é formada de corrupto e ladrão.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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