O PIBID: vida
Por Abraão Vitoriano
Observo a seguinte manchete a circular pelas redes sociais: “Principal programa para formação de professores deve sofrer cortes de 50% a 90%”. Clico na notícia atônito, estavam a falar do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência). Um misto de memórias e aprendizados toma conta de mim; ao passo que penso indignado: “não se pode interromper o curso de um rio, o PIBID fica.”
Ingressei neste programa, em março de 2011, através do “Subprojeto Casa de Vaga-lumes”, coordenado pelo professor Dr. José Wanderley Alves de Sousa. Na ocasião, cursava o quinto período do curso de Letras na Universidade Federal de Campina Grande – UFCG. A experiência, a princípio, assustou um pouco: meus colegas e eu saboreávamos ali os nossos primeiros diálogos com a sala de aula, com a dinâmica do ensino e aprendizagem.
Atuar como bolsista de um projeto da dimensão do PIBID possibilitou-me um mosaico de experiências e saberes que somente a prática no espaço escolar pode oportunizar. Trabalhar no monitoramento de oficinas e atividades relacionadas à Leitura e Produção Textual na Escola Monsenhor Constantino Vieira, na cidade de Cajazeiras-PB, configurou indelevelmente um marco na minha formação estudantil e profissional, em nível de ensino, pesquisa e extensão.
Sou filho do PIBID, nele aprendi os caminhos árduos, mas, sobretudo, transformadores da educação. Foi a partir deste observatório de posturas, olhares e leituras de mundo que descobri a minha vontade de ser professor.
Disse Adélia que se pode cortar tudo, menos o que no poema é poesia. Que esta metáfora meta fora o infrutífero ajuste fiscal do governo que poderá dar fim ao que deu certo. Para educar, viver é preciso. E o PIBID é vida!
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