O político-Messias
O messianismo, representou na históriadas culturas como a vinda ou no retorno de um ser divino enviado por uma Divindade, que traz em suas mãos o poder de libertar toda a Humanidade do poder da opressão. Seja ela de caráter político-social, econômica ou religiosa. Este termo ‘messias’ vem do hebraico mashiah e do grego christós.Portanto, ele seria uma entidade com super poderes e tarefas que deve mobilizar a favor de um grupo ou de um povo subjugado. Em um sentido mais amplo, usa-se também esta expressão referindo-se a alguém investido de uma missão sagrada, nem sempre com a conotação devida.
Observa-se que ao longo da história, no imaginário coletivo cultural das gentes, de diversas maneiras tem se manifestado um tipo de messianismo político.Do Sebastianismo em Portugal a Antonio Conselho em Canudos no Brasil, verifica-se uma grave carência popular da existência de um tipo de libertador que com um cajado na mão, possa dividir o mar vermelho e retirar do povo a opressão. A principal ideia do movimento messiânico é afirmar a real possibilidade de se instaurar o paraíso, o Reino dos Céus, na terra, tendo como único meio a luta, seja por meio de ideais ou armas ou através de ambas. O messias do novo paraíso é homem público, o político profissional revestido de uma roupagem divina e epifânica.
Com isso, a imagem do “político messias” impregnou o imaginário da população como aquele homem que se entrega por amor à causa dos indefesos e um homem bom, abnegado, que poderia fazer tudo pelo bem comum, unindo o país em torno de um objetivo comum. Aproveitando-se dessa cultura, políticos populistas e socialistas transformaram, de maneira predominante os sertões do país em verdadeiros currais eleitorais, onde cada animal tem a sua marca de registro de posse. As pessoas e suas consciências, tornam-se propriedades privadas de líderes políticos de aureolas populares e de postura moral criminosa. Tais líderes, agindo feito deuses, tornam-se os únicos instrumentos de salvaçãopara o povo e ainda, aquele por quem Deus resolveu liberar prodígios e milagres.
Por esses sertões, o “político messias” estende por onde passa a incoerência entre o que fala e o que faz, entre o que promete e o que cumpre. Na sua ética, falar é mais importante do que fazer. Prometer é mais importante do que cumpri. Da sua ética faz parte um tipo de linguagem farsantes, uma retórica vazia. A sua ética é um tipo de “medida para todas as coisas”, onde mentir, roubar e falsear a verdade é o caminho para se conseguir o bem e a paz. Desde que seja uma arte manuseada bem, serve como método. É um tipo de moralidade intimista. O“político messias”é o Príncipe dos vilarejos, cidades e vilas.
Nestes tempos, na terra do Padre Rolim como em tantas outras terras distintas, floresce um típico sertanejo de político: O “político-messias”. Aquele que se intitula o porta voz da mensagem de libertação de todas as gentes. Aquele que virá salvar os desprotegidos e indefesos. Aquele que traz nas mãos a solução irreversível e imediata para todos os problemas. Dizem até que ele pode curar. O “político-messias” acredita ter parentesco com o deus-onipotente. Ele arrebanha uma tipo de seguidores que de tão fiéis, são também conhecidos por os fiéis babões.
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