O Sertão precisa elevar sua voz: a hora é agora

Por Josival Pereira – Chega outubro e talvez seja preciso o cidadão se dar conta que o país está a um ano da realização de sua próxima eleição geral. Para o Estado, a realização das eleições para renovação do Governo e da composição da Assembleia.
Haverá quem diga, com certa razão, que esse narco temporal não é nada significativo, uma vez que os políticos já estão em campanha há bastante tempo, já são arroz de festa.
É verdade, mas existem diferenças que provavelmente somente serão sentidas a partir de agora. As principais diferenças serão, certamente, a redução do leque de candidatos aos cargos majoritários e o estreitamento dos campos políticos e ideológicos em disputa.
Muitas sementes foram lançadas, algumas germinaram e poucas devem florescer. No que diz respeito às candidaturas para governador, por exemplo, estão restando praticamente três para a batalha nos próximos 12 meses. São as candidaturas do vice-governador Lucas Ribeiro (PP), prefeito Cícero Lucena (sem partido) e a do senador Efraim Filho (União). O deputado Adriano Galdino ainda tenta encontrar terreno no PT para plantar sua candidatura, mas o solo parece muito árido para brotar alguma chance.
Em relação aos candidatos ao Senado, os partidos sequer conseguem fechar suas propostas de chapas com os dois nomes necessários. O MDB dispõe apenas da candidatura do senador Veneziano Vital do Rego e a direita mais conservadora apresenta apenas o nome do ex-ministro Marcelo Queiroga para a chapa de Efraim. A aliança governista já tem os candidatos- João Azevedo e Nabor Wanderley.
Em que essas observações são importantes para Cajazeiras e para o Sertão?
Para saber se posicionar e reivindicar.
Existem espaços ainda para a apresentação de candidaturas a vice-governador e a senador. Por que as forças políticas locais não se organizam para reivindicar as vagas de vice-governador? Por que não almejar o Senado como fez Otacílio Jurema na década de 1950?
Há também espaços para exigir a presença de nomes nas nominatas de deputado federal das diversas forças políticas, com o esquadrinhamento de colégios eleitorais que permitam chances de vitória.
O momento também favorece o debate sobre planos e projetos de governo. Com um menor número de pré-candidatos é possível a realização conversas ou debates olho no olho para a apresentação de ideias e propostas e a consequente cobrança de compromissos. Talvez este seja o melhor momento para este tipo de evento.
Os políticos locais poderiam até retardar um pouco suas definições e vincular o apoio aos compromissos assumidos (não apenas promessas) por candidatos a governador, senador e deputado federal. Talvez seja pedir demais aos políticos locais, mas vale lembrar que o cidadão-eleitor tem o direito de fazer suas exigências aos seus candidatos. Afinal, a moeda de troca dos líderes locais é sempre o voto do eleitor do lugar onda atual.
Desse modo, associações e sindicatos de todos os segmentos, organizações sociais as mais diversas e até instituições constituídas não podem deixar de atuar proativamente no sentido de cobrar e comprometer suas lideranças políticas neste período mais próximo ao pleito.
O Sertão precisa começar a elevar sua voz. A hora é agora.
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