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Radomécio Leite

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O silêncio de Carlos Rafael

02/06/2011 às 19h18

"É melhor calar-se e deixar que as pessoas pensem que você é um idiota do que falar e acabar com a dúvida" (Abraham Lincoln)

Quanto vale o silêncio do recém empossado prefeito de Cajazeiras, Carlos Rafael? Como vai se comportar diante de possíveis imposições do seu grupo político? A sua chegada ao poder teria algumas “exigências” do ex-prefeito a serem cumpridas?

A publicação de um Decreto, no último dia primeiro de junho, demitindo todos os comissionados da prefeitura, foi a sua primeira “fala” e com certeza atingiu todos os “amigos” e aliados do ex-prefeito Léo Abreu. Será que vai demitir os contratados?

Outro fato que vem chamando a atenção é a demora no anúncio de sua equipe de governo. Teria encontrado dificuldades na escolha/mudanças dos nomes? Quando divulgados, saberemos qual o seu grau de comprometimento, com o ex-prefeito, Léo Abreu e seu pai, o deputado estadual Antonio Vituriano de Abreu.

Muitos pensam que o ex-prefeito, com sua renúncia, tenha saído no prejuízo. Ledo engano, pois deu ao seu pai de presente um mandato de deputado estadual, quando além dos dez mil votos tirados em Cajazeiras, os outros treze mil foram conseguidos, na região, com acordos políticos que passaram pelas “alamedas” da prefeitura de Cajazeiras.

Comenta-se que uma das causas de sua renúncia teria sido porque não tinha mais condições de manter os acordos e deixou a batata quente nas mãos de Carlos Rafael, que já passou a primeira “canetada”, ao demitir os comissionados.

Como vai envolver não só os aliados da Câmara Municipal, mas para manter um bom relacionamento com todos, como vai realizar esta engenharia política? Qual o grau de participação do ex-deputado estadual, Jeová Campos (PT), no novo governo, já que no anterior houve um “afastamento e um rompimento prematuro? Vale lembrar que Carlos Rafael não votou em Jeová para deputado federal, mas em Armando Abílio.

Já tem gente apostando num rompimento de Carlos Rafael com ex-prefeito Léo Abreu e um dos motivos seria a sua “impossibilidade” de manter alguns pedidos/compromissos que teriam sido “embutidos” nas “negociações” da renúncia.

Um fato que já teria sido detectado, entre os mais próximos do prefeito Carlos Rafael, é que a nova equipe tem um forte ingrediente político, porque já estaria abrindo e dando espaços para formação de um grupo de sua mais absoluta confiança, visando a sua reeleição.

Como seu primeiro emprego e a mudança de seus dentes de leite foram quando exercia um mandato de vereador, com apenas 18 anos de idade, Carlos Rafael aprendeu com rapidez a difícil arte de fazer política, na oposição, mas ainda não foi testado se as lições aprendidas vão ser úteis agora estando do lado da situação, ou seja, sendo a vidraça.

Como Carlos Rafael tem apenas um ano para ser administrador da prefeitura de Cajazeiras, porque em junho de 2012, já começa a campanha eleitoral visando a sua reeleição, nestes doze meses vai ter que matar um leão todos os dias para justificar, diante do eleitorado da cidade, que tem cacife para disputar um novo mandato.

Tudo depende do seu silêncio e de sua disposição de aprender a engolir sapos, já tendo ciência que do outro lado, tem outro Carlos, o Antonio, disposto e com coragem de enfrentar o embate e bastante acostumado a engolir sapos, jias e pererecas.

Agradecimento
Agradeço ao escritor e médico Luis Carlos de Albuquerque, residente no Recife, filho de Dr. João Izidro, a remessa de seu mais recente livro: “Batra -O Sapo” e ao poeta e escritor Armando Gomes da Silva, piauiense, mas cajazeirense de coração e alma, pela remessa de seu livro de Poesias “Primavera e Outono”.
 


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Contato: [email protected]

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