Onde estão os Profetas?
Quando líderes religiosos cristãos tomam posturas partidárias distintas, não fazem apenas uma escolha individual.Quer queiram, quer não, suas escolhas representam simbolicamente uma coletividade que as ouvem, que as seguem por enxergarem nelas a mística do divino e por elas esperam ouvir a ' voz de Deus'. Uma postura puramente partidária deles, tornam as escolhas não muito claras para um povo que como ovelhas veem sempre de forma parcial e confusa. Quando Padres e Pastores, Freis ou Freiras ou Leigos atuantes, tomam posturas político-partidárias de engajamento díspares acabam por nivelar Ideologia política e Doutrina, fé e misticismo, religião e convencionalismo.
Nestas eleições presidenciais, o cristianismo continua divido, rachado; dividido não por questões religiosas somente – estas são históricas – , mas sobretudo por ideologias político-partidárias. Há Padres, Pastores e religiosos (as) que defendem Dilma Rousseff e há Padres, Pastores e religiosos (as) que defendem Aécio Neves . Posturas individuais que não falam em nome da CNBB.
A realidade é evidente: Precisamos urgentemente de profetas que sejam vozes gritando a conduzir o rebanho, não deixando que estes se percam pelo caminho da vida das coisas terrenas; que seja seta a indicar com a sua própria vida e exemplo onde está verdadeiramente o caminho das pedras que conduz ao Reino daqueles que defendam a vida humana como valor inegociável e dom absoluto e eterno. Um governo igualitariamente "dê a César o que é de César e a Deus o que é de Deus" e não o inverso, ao tentar sacralizar o que é profano ou profanar o que é sagrado.
Precisamos de Profetas que gritem e denunciem, que iluminem e anunciem. Se numa determinada sociedade lhe faltam os verdadeiros profetas, outros elegerão para si essa função e matarão aqueles que se oponha ao seu "profetismo" por acreditarem que eles são os únicos ouvidores da voz divina e legitimadores das sentenças morais.
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