Os habitantes das alamedas da eternidade gritam por socorro
Sou um habitual freqüentador do Cemitério Coração de Maria, tanto quando para assistir ao sepultamento de amigos, quanto para rezar no túmulo de meu pai. Esta semana fui ao enterro de Madalena, uma ex-aluna do curso de História, que faleceu prematuramente. Deixa muitas saudades, mas são os desígnios de Deus.
Fiquei muito triste ao ver o estado em que se encontra o nosso campo santo, um dos patrimônios histórico de Cajazeiras, inaugurado no de 1866. Uma degradação muito visível. O mato, neste período de chuvas, cresce com muita rapidez e vem cobrindo, não só os túmulos, mas os pequenos espaços entre um jazigo e outro.
A lamentação das pessoas que foram ao enterro era uma unanimidade só. Vale lembrar que naquele cemitério estão sepultados os homens e as mulheres que ajudaram a construir esta cidade e muitos de seus sucessores reside em outras regiões do Brasil e vêm sempre a Cajazeiras fazer visitas de cova, mas qual a impressão que estas pessoas levam de nossa cidade? Este logradouro tem um significado muito especial para todos nós, tanto do ponto de vista histórico, como arquitetônico.
O Coração de Maria não é tão grande e já conta com uma valiosa ajuda de algumas pessoas que tem seus entes queridos ali sepultados, que pagam a uma pessoa para zelar os túmulos e fazer a limpeza em torno dos mesmos. O setor responsável da prefeitura por este serviço poderia transformá-lo numa das salas de visita da cidade.
Com relação à Capela, existe um grupo de senhoras, sob a liderança de Dadinha Cartaxo, que com muito carinho, com a colaboração de famílias e empresários, vêm voluntariamente, trabalhando na manutenção e conservação da mesma. No interior dela está sepultado um dos grandes sacerdotes e educador desta terra: Monsenhor Constantino Vieira.
Outro fato que me deixou pasmo foi o de que o cemitério só tem um único coveiro, que trabalha de domingo a domingo. Um outro que era contratado, foi demitido. Será que não dava para colocar uma pessoa que ficasse responsável pela limpeza geral? Talvez não onerasse tanto os cofres públicos. Existem cemitérios, em diversos lugares do mundo, que são incluídos nos roteiros turísticos, mas aqui para o nosso não queremos ter esta pretensão, mas que dava para ser mais cuidado, disso eu tenha certeza.
Vale lembrar que a única morada que temos com certeza em nossas vidas é o cemitério, esta para a eternidade, para sempre. Você já imaginou a sua sepultura cercada de carrapicho e capim? Ajude a cuidar dele, você que ainda está vivo e tem entes queridos ali sepultados, porque no futuro você vai ter também outra pessoa para zelar pelo lugar aonde vai se sua definitiva morada.
Hospital Regional de Cajazeiras
Uma nota de esclarecimento divulgada pela assessoria de imprensa do HRC confirma que estava faltando materiais descartáveis, isto justifica que a imprensa de Cajazeiras pode até aumentar, mas não inventa noticia. Com relação às cirurgias eletivas, o número acumulado é bem superior, mas muito mesmo, ao que os órgãos de imprensa vêm divulgando: só as acumuladas da gestão anterior são 400 (quatrocentas). E quantas são as da atual gestão? A direção tem que cobrar do secretario de saúde, urgentemente, uma solução para este impasse, até porque, como cita a nota, os profissionais não podem e nem devem trabalhar de graça para ninguém e muito menos para o governo socialista de Ricardo Coutinho, disto tenho certeza que ele não aceita. O caso deve se tratado com urgência, antes que aconteça alguma desgraça, aí sim, alguém vai se o bode expiatório do fato. Não existe a menor hipótese da imprensa de Cajazeiras querer denegrir a imagem de cidadão nenhum, como cita a nota, antes pelo contrário, ela tem é reconhecido o esforço da atual gestão em solucionar os problemas encontrados, mas é preciso que os gestores públicos saibam receber com humildade as criticas da imprensa e junto ela formar uma parceria no sentido de encontrar saídas e não impasses. Todo gestor deve saber que não adianta tentar “esconder” qualquer falha em suas ações, porque a imprensa será sempre a guarida do norte correto.
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