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Luiz Adriano

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Paraibada ou xenofobada?

20/07/2021 às 23h05

Coluna de Luiz Adriano.

Por Luiz Adriano

Já diz os mais velhos: “temos dois ouvidos e uma boca, porque precisamos ouvir mais e falar menos”; outros ainda acrescentam que “boca calada não entra mosquito”. Pois é, parece que a atriz e youtuber Antônia Fontenelle não levou muito em consideração esses ditados populares, e acabou se complicando ao comentar sobre o caso do Dj Ivis, o qual bateu em sua ex-mulher, a Pamella Holanda.

A Youtuber rebateu as críticas dos paraibanos que a acusaram de xenofobia. Em seus argumentos, Antônia disse que não praticou nenhum tipo de preconceito ou discriminação. “Esse bando de desocupado aí da máfia digital que não tem nada o que fazer. Se juntaram pra agora me acusar de xenofobia… Porque eu falei ‘esses paraíba’ quando começam a ganhar um pouquinho de dinheiro acham que podem tudo. ‘Paraíba’ eu me refiro a quem faz ‘paraibada‘, pode ser ele sulista, pode ser ele nordestino, pode ser ele o que for. ‘Se fizer paraibada’ é uma força de expressão”, disse Fontenelle.

Mas, parece que a resposta da atriz foi igual a outro provérbio que conheço lá do meu interior: “pensou em fazer um giro, mas fez um giral”, isto é, ela tentou se defender, entretanto se complicou mais ainda. Por que digo isso? Porque o “fazer paraibada”, conforme dar a entender, é fazer coisas erradas e se achar o tal, como foi o caso do Dj, porém, por que paraibada? Por que essa derivação? Ou será que poderíamos criar um novo verbo na língua portuguesa e dizer que a youtuber xenofobou e xenofobou feio? Ou seja, fez uma xenofobada.

Nesse sentido, o fato é que a famosa atriz mexeu onde não devia, uma vez que somos paraibanos e, assim como respeitamos nossos irmãos de todos os estados da nossa federação, exigimos também o respeito mútuo. Diante disso, nosso estado se levantou em peso contra a fala da youtuber, a ponto de até nossos governantes se manifestarem em suas redes sociais, como também nossos famosos, a exemplo de Juliette Freire, campeã do BBB 21, o cantor Chico César e tantos outros não se calaram em meio à tão desonrosa fala da Fontenelle.

Inclusive, a Polícia Civil da Paraíba abriu um inquérito para iniciar as investigações contra a atriz e, de acordo com matéria do G1/PB, o delegado Pedro Ivo informou que as condutas da atriz podem se enquadrar ao tipo penal descrito no art. 20 da Lei nº 7716/1989, o qual define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional.

Sendo assim, caso Antonia Fontenelle seja processada, o crime é inafiançável e tem pena prevista de um a três anos de prisão e multa.

Portanto, de uma coisa eu sei, a bíblia sagrada diz em um texto que está escrito no livro de São Tiago que “estejamos prontos para ouvir e tardios para falar”. Assim, fica essa lição para as nossas vidas.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Luiz Adriano

Luiz Adriano

Radialista, Mestre de Cerimônia e graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau em João Pessoa-PB

Contato: [email protected]

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Radialista, Mestre de Cerimônia e graduado em Jornalismo pela Faculdade Maurício de Nassau em João Pessoa-PB

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