Pressão

Ex-prefeito de Cajazeiras, Léo Abreu

Por José Ronildo – Engana-se quem pensa que o prefeito de Cajazeiras não sofre pressão. E como sofre. Tanto é que o ex-prefeito Léo Abreu preferiu renunciar ao cargo e se dedicar apenas à sua profissão de médico, à família e até ao seu hobby, que é a música.

No tempo de Léo, além da pressão política, tinha a pressão pelo pagamento do piso dos professores e pela realização do Xamegão e do Carnaval. Aliás, essa pressão pela realização desses dois eventos, especialmente com grandes atrações, continua e esse ano deu o que falar. No momento, o prefeito Zé Aldemir está diante de muitas pressões e uma decisão difícil que gera que tomar mais cedo ou mais tarde que é a escolha do candidato à sua sucessão.

Ultimamente Aldemir tem sofrido com a insuficiência dos recursos para atender a demanda na área da saúde, juntamente com a secretária Mychelle Noleto, situação que se arrasta desde o primeiro mandato.

São os atrasos nos repasses e a insuficiência de recursos para o custeio da saúde, resultando em atrasos no pagamento dos servidores, especialmente os contratados, chegando ao ponto de não ter outra saída, a não ser demitir, uma decisão difícil para qualquer gestor. Meses atrás, a justiça determinou o bloqueio dos recursos municipais para pagar dois meses atrasados deixados por Carlos Rafael. O prefeito teve que negociar com o sindicato.

Nos últimos meses Zé Aldemir foi pressionado por conta das enormes quedas do PFM, como ocorreu com as demais prefeituras, resultando também no atraso do pagamento de contratados e comissionados, além da publicação de um decreto de contenção de gastos.

No campo político, algumas situações estão pressionando o gestor, como é o caso da formação das chapas na proporcional. Já são quatro grupos se formando. Zé Aldemir se viu diante de um racha no seu partido, o PP, com a decisão de deixarem a legenda e migrarem para o PSD, no caso os vereadores Ninha e Neto da Vila Nova, além dos suplentes Serafim e Marta.

Os vereadores sargento Orlando, Waldemar Carolino e Nino da Esperança teimam em se candidatar pelo PSDB, contra a vontade do chefe do executivo que gostariam que eles se filiassem ao PSD ou PP.

Para completar, Neguin pediu para deixar a Secretaria de Infraestrutura e Waldemir entregou a liderança do governo na Câmara Municipal.

Câmara dos Deputados Federais ( Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

Lei Eleitoral

As mudanças na Lei Eleitoral aprovadas pela Câmara dos Deputados alteraram algumas datas para as eleições municipais do próximo ano, como a antecipação em 15 dias do período de convenções partidárias. As reuniões terão de ser realizadas de 10 a 25 de julho do ano em que se realizarem as eleições. Atualmente, o prazo é de 20 de julho a 5 de agosto. Além disso, o texto diminui de 10 para seis dias o período para que as legendas registrem os candidatos.

Na prática, os partidos solicitarão os registros até às 19 horas de 31 de julho do ano das eleições. Além disso, a nova regra dispensa a apresentação pela legenda, coligação ou candidato de documentos que dependem de informações que já estão em posse do Judiciário.

Para que as normas tenham validade nas eleições de 2024, os textos precisam ser aprovados na Câmara, no Senado e sancionados pelo presidente até 6 de outubro.

O presidente do Senado Rodrigo Pacheco mais uma vez diverge dos deputados, especialmente de Arthur Lira quando disse que não tem pressa para votar a matéria; que precisa ouvir a sociedade para votar um projeto bem elaborado, e talvez não haja tempo para implementar todas essas mudanças.

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José Ronildo

Redator do Jornal Gazeta, Radialista e apresentador do Microfone Aberto da Rádio Alto Piranhas

Contato: [email protected]