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Radomécio Leite

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Promessa é dívida

22/06/2009 às 19h07

Parece coisa do destino, mas foi o governador José Maranhão que no dia 22 de agosto de 2000, data em que se comemorou o bicentenário de nascimento do Padre Rolim, que em praça pública, prometeu a construção do novo aeroporto da cidade de Cajazeiras.

Nestes últimos nove anos muitas foram as idas e vindas, reuniões e mais reuniões, encontros e desencontros e negócios foram fechados, mas não executados. Será que agora ele vai cumprir a sua promessa?

O fato é que já se passaram 3.575 dias da promessa feita pelo governador de então, que hoje esta de volta ao mesmo cargo, que neste último dia 12 de junho, assinou a ordem de serviço, no local escolhido para construir, num palanque armado, já num descampado, o novo aeroporto de Cajazeiras.

Passado o governo de José Maranhão I e II, depois o de Cássio da Cunha Lima I e dois anos do segundo mandato, sempre lutamos pela construção deste aeroporto. Nestes períodos a sociedade civil organizada, juntamente com o governo municipal de Cajazeiras e os deputados da terra não se quedaram e acreditaram na execução desta obra.

Às margens da BR 230, na saída para o Ceará, foi o local escolhido para o novo aeroporto. Uma grande parte do terreno foi doado ao município, no governo de Carlos Antonio, pelo médico cajazeirense José Maria Moreira, residente na cidade de São Paulo e para perfazer os 1.800 metros de pista foram compradas outras glebas de terra, também pelo município. Esta havendo uma negociação para aquisição de mais 500 metros para um plano de expansão para que a pista passe a ter 2.300 metros.

O prazo para conclusão do aeroporto é de 240 dias e as máquinas já começaram o trabalho. É uma frota especial que o DER da Paraíba possui: trabalha 11 dias consecutivos e folga três. A preparação do terreno está a cargo do Estado e a segunda etapa será feita por uma empresa particular através de uma licitação.

Tomei conhecimento que o pessoal da Petrobras esteve com o prefeito Léo Abreu solicitando do mesmo a ampliação do aeroporto para 2.300 metros em função de seus aviões cargueiros que precisam de uma pista maior para pousar e decolar. Como nós sabemos já foram iniciados os serviços de exploração de petróleo da Bacia do Rio do Peixe e existe uma necessidade premente de deslocamento mais rápido tanto de pessoal quanto de carga para atender as demandas e os serviços. Fato igual a este aconteceu na década de 60 quando duas grandes multinacionais, SANBRA e Anderson Clayton, ligadas ao algodão, fizeram com que a VARIG implantasse uma linha aérea ligando Cajazeiras a outros centros do Nordeste, principalmente a cidade do Recife, onde ficavam suas filiais. Os seus executivos não podiam perder tempo, rodando 600 km, entre Recife e Cajazeiras. O município era um grande produtor de algodão e de excelente qualidade.

E perdemos a continuidade destes vôos por falta de mais 200 metros de pista para que os aviões AVRO pudessem substituir os famosos DC-3, que estavam ficando obsoletos. As lideranças empresarias e políticas do município cruzaram os braços e não tiveram a visão de que a cidade precisava deste importante equipamento. Não conseguimos ver um palmo adiante de nosso nariz e por mais que a empresa solicitasse esta ampliação, devido à importância desta rota, nada foi resolvido e a cidade perdeu a linha da VARIG.

Passados quatro décadas renovam-se as esperanças. Quem sabe, depois da construção do novo aeroporto, que é outro sonho, não voltemos a ter uma linha aérea regular ligando Cajazeiras ao resto do país e do mundo?

Sonhar não é proibido e muito menos de olhos abertos, abertos para esta nova realidade que vive a nossa cidade que vem se consolidando como pólo educacional de ensino médio e superior, além de ser a cidade mais importante da Região do Alto Piranhas, que agrega e para onde convergem os municípios produtores de petróleo e que vão contribuir para o crescimento de nossa economia.

Vamos torcer que a promessa feita no ano de 2000, se torne uma realidade no ano de 2010 e que o governador Maranhão possa concretizar este nosso sonho e pagar sua promessa.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Radomécio Leite

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Contato: [email protected]

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