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Radomécio Leite

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Uma Cajazeiras diferente

14/02/2010 às 00h04

Por José Antonio

Já faz bastante tempo que não utilizo o carro para vencer as distancia e resolver meus negócios pelo centro da cidade. Não tem mais onde se estacionar um veiculo, nas principais avenidas, depois das oito horas da manhã. E a situação está ficando cada vez mais complicada.

Ontem foi um desses dias que precisava ir até a Avenida Comandante Vital Rolim e fiz a pé o percurso, saindo da Justino Bezerra, passando pela Padre Manoel Mariano, Juvêncio Carneiro, Praça Dom João da Mata, conhecida também por Praça do Congresso ou ainda como Praça da Prefeitura, cheguei até a Comandante, passando pela Padre Rolim.

Na volta fiz outro percurso e foi aí que vinha observando o quanto a minha cidade tem ficado diferente dos meus tempos de aluno do velho e tradicional Colégio Diocesano Padre, ainda sob a direção do saudoso educador Monsenhor Vicente Freitas, na década de 60.

Nesta caminhada vinha preso ao silêncio dos meus pensamentos, quando de repente uma sirena. Era a do Corpo de Bombeiros, que pedia passagem às dezenas de carros que entupiam a Padre Rolim e voei, montado num raio, de corpo, alma e pensamento para a Avenida Guararapes, na cidade do Recife, quando muitas vezes fui sobressalto com as sirenas do Corpo de Bombeiro, quando me dirigia para o colégio Carneiro Leão. Quando “despertei” dos meus pensamentos foi que vi que estava em Cajazeiras e pensei com os meus botões: esta cidade está ficando diferente.

Continuei circulando e cheguei até a Praça Coração de Jesus, ou Praça dos Carros e me lembrei que havia pedido ao agrônomo Adalberto Nogueira uma muda de um pé de trapiá. De posse dela vou solicitar ao prefeito Léo Abreu a permissão para plantá-la no mesmo lugar de onde arrancaram a velha e histórica árvore, símbolo maior daquela praça, agora só vista em fotografias. Observava o movimento da praça e me lembrava que ali também já foi o local onde eram sepultados os mortos de nossa cidade: o Cemitério Coração de Jesus, edificado e bento pelo Padre Rolim e que entrou para a história como o primeiro campo santo público da Paraíba.

É nesta praça que está a loja de José Soares, que vende tecidos, na sua maioria importados da China, a preço de banana. E pensava com os meus botões: como um mundo está pequeno e esta cidade diferente porque tem até matuto da província importando tecido do outro lado do mundo para vender por aqui.

Entrei novamente na Padre Manoel Mariano, que neste inicio de mês, para se andar pelas suas calçadas, tem mão e contramão, parece até a 25 de março, em São Paulo e seu trânsito, este sim está uma loucura, principalmente no período da manhã. Esta cidade está cada vez mais diferente para nós que a vive no dia a dia, imagine para quem a visita de tempo em tempo, aí sim é que vai ver o quanto Cajazeiras ta pra frente.

Inauguração
A família Claudino, num gesto humanitário, está entregando hoje a cidade de Cajazeiras, uma casa destinada a atender os nossos idosos. São com gestos dessa grandeza que a nossa cidade se fortalece e se projeta para toda a Paraíba.

Presídio
O prefeito Léo Abreu anunciou, no último dia 09, que o novo presídio da cidade será entregue no próximo mês de abril. Uma obra que se arrasta há mais de anos, que se inaugurada vai mudar a vida de muitos apenados que vivem em situação degradante na velha e carcomida cadeia pública de nossa cidade.

MAC e o HRC
O Movimento dos Amigos de Cajazeiras (MAC) esteve reunido nesta última quarta-feira para ouvir o Dr. Antonio Fernandes, Diretor do Hospital Regional de Cajazeiras, na Biblioteca Pública Municipal, sobre sua ida a Brasília, para estudar, junto ao Ministério da Educação, da possibilidade da transformação do HRC em um Hospital Escola, já que o governo federal não quer nem saber, este ano, de federalização e muito menos da construção de um hospital universitário. Nesta mesma situação estão mais 11 faculdades de medicina criadas recentemente pelo governo Lula. Dr. Antonio tem sido um baluarte nesta luta e a comunidade cajazeirense, não deve tão somente aplaudi-lo, mas também ajuda-lo nesta batalha pela melhoria do nosso HRC, que ali ao chegar o encontrou com 40 médicos e hoje já está com 78 profissionais médicos de diversas especialidades. É uma vitória para a cidade e tudo leva a crer que vai melhorar cada vez mais. O sistema tripartite de administrar o problemático HRC parece estar dando certo e todos torcem para que a politicagem não venha destruir este trabalho.


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

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Contato: [email protected]

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