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Petson Santos

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Vá com Deus, Maradona! Ficaram as boas lembranças

30/06/2021 às 22h55 • atualizado em 30/06/2021 às 23h06

Vá com Deus, Maradona! Ficaram as boas lembranças

Por Petson Santos

Escrevo essa coluna com lágrimas descendo no rosto. Hoje perdi um grande amigo que deixará saudades e boas lembranças. O nome dele era Maradona; um cachorro, mas que eu apelidava de “Neguinha”, nome de uma cadela que pertenceu a minha avó e que eu gostava muito na minha infância. Maradona parecia muito com Neguinha.

Quando eu chegava na casa dos meus tios, Chagas e Neide, Maradona logo corria para a porta para me encontrar. Era uma festa; me lambia, pulava em cima de mim; a gente brincava muito. Nos dias em que eu passava rápido para entregar alguma encomenda, ele não parava de latir enquanto eu não fosse até onde ele estava.

Sou muito grato a Deus por ter conhecido Maradona. Ele era especial e lutou até o final pela vida. Meus tios e eu fizemos de tudo para que ele sobrevivesse. Aguardamos até hoje que o exame para Leishmaniose Visceral (Calazar) desse negativo, mas infelizmente veio positivo.

Antes de partir, conversei muito com ele, disse que ele era muito especial para todos nós. Ele parecia entender tudo, pois se sentou e ficou a me observar, levantou quando usei uma frase que meu tio gostava de dizer: “Maradona é o cara”.

Maradona você vai fazer falta. Vá com Deus!

Bem, garotão, tudo que estava ao nosso alcance a gente fez. Que São Francisco, padroeiro dos animais, o receba no céu. João Pedro, Marianny e Josirleide também sentirão saudades suas, amigo. Mas tenho certeza que onde você estiver agora, diria a mim, a tio Chagas e tia Neide:

“Humano, vejo que está chorando porque chegou meu momento de partir. Não chore, por favor, quero te explicar algumas coisas. Você está triste porque eu fui embora e eu estou feliz porque te conheci. Quantos, como eu, morrem diariamente sem ter conhecido alguém especial? Eu só vou pedir dois favores: lave o rosto e comece a sorrir. Lembre-se: que bom que vivemos juntos estes momentos. Lembre-se das palhaçadas que eu fazia para te alegrar. Reviva, como eu, todo o bem que compartilhamos neste tempo e não diga que não adotará outro animal porque você tem sofrido muito com a minha partida. Sem você eu não viveria as belezas que vivi. Por favor, não faça isso! Há muitos como eu esperando por alguém como você”.

“Dê-lhes o que você me deu, por favor. Eles precisam, assim como eu precisei de ti. Não guarde o amor que tens para dar por medo de sofrer. Siga o meu conselho, valorize o bem que compartilha com cada um de nós, reconhecendo que você é um anjo para nós os animais e que sem pessoas como você a nossa vida seria mais difícil do que às vezes é. Siga a sua nobre tarefa, agora cabe a mim ser o seu anjo”.

“Eu acompanharei você no seu caminho e te ajudarei a ajudar os outros como eu. Eu falarei com outros animais que estão aqui comigo, vou lhes contar tudo que você fez por mim e eu vou apontar e dizer com orgulho: ‘essa é a minha família'”.

“Hoje à noite, quando você olhar para o céu e ver uma estrela piscando, quero que você saiba que sou eu piscando um olho, avisando a você que cheguei bem e dizendo-lhe ‘obrigado pelo amor que você me deu’. Eu me despeço agora não dizendo ‘adeus’, mas ‘até logo’. Há um céu especial para pessoas como você, o céu para onde nós vamos e a vida nos recompensa tornando a nos encontrar lá. Eu estarei te esperando!”

(Texto itálico retirado do site: https://vetdadepre.com.br/carta-de-um-cachorro-ao-seu-dono/)

PS: O Calazar não tem uma cura definitiva. O exame de Maradona deu 1/320 e segundo o veterinário esse número representa um alto índice  de transmissão. A Leishmaniose pode ficar incubada por tempo variável, que vai de três meses a seis anos. Também é importante lembrar que, ao longo de sua progressão, a Leishmaniose visceral canina pode atingir diferentes órgãos. Como é transmitido o calazar para cachorro? A doença é causada por um parasita, o protozoário do gênero Leishmania, que é transmitido aos cães por meio da picada do mosquito-palha (um inseto flebotomíneo).

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Petson Santos

Petson Santos

Petson Santos é radialista e formado em administração de empresas pela FASP. Foi diretor de jornalismo das Rádios Cidade FM, Oeste AM e Alto Piranhas AM, ambas de Cajazeiras. Apresentou os programas Rádio Verdade (Arapuan FM), Jornal da Manhã (Oeste AM) e Rádio Vivo (Alto Piranhas AM). Hoje é Diretor presidente do Sistema Diário de Comunicação. WhatsApp: (83) 98802-4576

Contato: [email protected]

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Petson Santos é radialista e formado em administração de empresas pela FASP. Foi diretor de jornalismo das Rádios Cidade FM, Oeste AM e Alto Piranhas AM, ambas de Cajazeiras. Apresentou os programas Rádio Verdade (Arapuan FM), Jornal da Manhã (Oeste AM) e Rádio Vivo (Alto Piranhas AM). Hoje é Diretor presidente do Sistema Diário de Comunicação. WhatsApp: (83) 98802-4576

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