Vacina
Por José Ronildo
Infelizmente, o presidente da República, Jair Bolsonaro criou uma celeuma muito grande e totalmente desnecessária em torno da vacina contra covid-19, a começar com uma briga política com o governador de São Paulo, João Dória que fez uma parceria com um laboratório chinês, Sivovac para produzir a Coronavac, por intermédio do instituto Butantan.
O presidente infelizmente vem trabalhando contra as vacinas, única saída para a pandemia nesse momento, para que aí, sim, como defende ele, o País volte à normalidade, sempre tentando minimizar a gravidade da situação e da doença que continua ceifando vidas, especialmente de pessoas acima de 60 anos, fora outras milhares de pessoas que estão entubadas em leitos de UTI.
Ele faz isso no momento em que afirma que a vacina não é segura; que os laboratórios não se responsabilizam por possíveis efeitos colaterais graves; que nenhuma vacina será comprada sem a comprovação de sua eficácia e autorização da Anvisa; que não vai comprar a vacina de Dória, e por aí vai.
Alguns seguidores do presidente, reproduzem nas redes sociais, notícias negativas em relação às vacinas. Algumas pessoas também questionam o tempo recorde para o desenvolvimento dos imunizantes em comparação com outras desenvolvidas no passado, esquecendo que os cientistas já desenvolveram vacinas e desenvolvem novos medicamentos, e portanto, já conhecem o caminho das pedras. Os laboratórios também investem milhões, inclusive, em tecnologia e pesquisas.
Enquanto isso, outros países já estão vacinando os profissionais de saúde, para em seguida, passar para os que fazem parte do grupo de risco, como idosos e pessoas com comorbidades, inclusive, os Estados Unidos, que já começaram a vacinação de forma emergencial.
Outra celeuma desnecessária foi em relação a obrigatoriedade ou não da vacina, caso que chegou até o Supremo, que decidiu que o Ministério da Saúde e os governos estaduais podem impor restrições a quem não se vacinar, contrariando o pensamento do chefe na Nação.
Aliás, desde o início que comando do presidente em relação à pandemia, foi um desastre, e se os governadores tivessem seguido sua orientação de abrir comércio, feiras livres, transporte intermunicipal, escolas, faculdades, contrariando o que recomendava a OMS e o seu então ministro da Saúde, Manddeta, que era de isolamento domiciliar, redução significativa de circulação de pessoas, o caos teria sido grande, já que os hospitais não teriam como comportar tantas pessoas infectadas, precisando de UTI, respiradores e medicamentos.
Foi preciso, mais uma vez, o STF dizer que os governos estaduais eram soberanos para tomar suas decisões no enfrentamento da pandemia.
Lógico que não podemos deixar de reconhecer as medidas de socorro aos trabalhares que ficaram sem condições de trabalhar, como o Auxílio Emergencial e às empresas, com o programa de manutenção do emprego, importantes para evitar uma convulsão social e a fome e também, além de entender a preocupação do presidente com a economia do País e com a sustentabilidade financeira do governo. O presidente vem insinuando que a população é medrosa e que deve enfrentar o vírus, afinal, segundo ele, todos vão contrair, mas esquece que tudo isso precisa ser dosado, pois se para os jovens, a doença é apenas uma gripezinha, para os idosos com comorbidades, ela tem sido fatal.
Rápidas
*O Ministério da Saúde abre processo licitatório para aquisição de 330 milhões de seringas e agulhas para vacinação contra covid-19 e sarampo que fazem parte do Plano Nacional de Vacinação do Ministério da Saúde.
*A Secretaria Municipal de Saúde de Cajazeiras inaugurou sem ter energia elétrica, a UBS da Agrovila. A unidade continua fechada por falta de eletricidade. A Energisa precisa trocar a rede que é monofásica por trifásica.
*Já temos alguns pré-candidatos ao governo do Estado, em 2022: Luciano Cartaxo, atual prefeito de João Pessoa; Romero Rodrigues, Pedro Cunha Lima e o atual governador, João Azevêdo.
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