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Quatro paraibanos da mesma família foram encontrados esquartejados na Espanha

A suspeita é que a jovem conhecida como Janaína Diniz, filha de um empresário paraibano, seu marido e seus dois filhos sejam as vítimas do assassinato que segue sem explicação.

Por Priscila Belmont

20/09/2016 às 09h32 • atualizado em 20/09/2016 às 13h07

Família de brasileiros que foi encontrada esquartejada

As informações dão conta que a família de brasileiros que foi encontrada esquartejada em sacos plásticos numa casa da Espanha é paraibana.

A suspeita é que a jovem conhecida como Janaína Diniz, filha de um empresário paraibano, seu marido e seus dois filhos sejam as vítimas do assassinato que segue sem explicação. O empresário, dono da Diniz Veículos, foi hospitalizado ao receber a notícia.

Os corpos esquartejados de uma família ? dois adultos de 40 anos, uma menina de 5 e um menino de 1 ? com documentação brasileira foram encontrados pela Guarda Civil em um chalé do povoado espanhol de Pioz na madrugada deste domingo. Sem exames de DNA que confirmem a identidade das vítimas, os investigadores trabalham com a hipótese de “um ajuste de contas levado a cabo por sicários profissionais”. O estado da moradia (quase vazia) e dos corpos indica que as vítimas fugiam de alguém e foram mortas há pelo menos um mês.

O telefone tocou no posto da Guarda Civil de Horche, na província espanhola de Guadalajara, quase de madrugada. Um morador se queixava do mau cheiro vindo de uma casa. Por volta da 1h deste domingo, vários agentes chegaram à rua de Los Sauces, justo na entrada do condomínio La Arboleda, na periferia de Pioz, um povoado de 3.500 habitantes.

Conhecem o proprietário da moradia, “Pedro, da vida inteira, mas nem sabíamos que ele tinha alugado a casa para alguém”. Aqueles que, sim, repararam na família assassinada dizem que não voltaram a vê-los “desde o fim de agosto”. Lembram do pai “caminhando até o supermercado da cidade, porque acredito que não tinha carro”. Nada mais. Eram vizinhos, mas perfeitos desconhecidos.

O mau cheiro e a falta de resposta de dentro da casa levou os guardas a abrir, “com a chave que um vizinho tinha”, a porta da moradia, um dos chalés que compõem esse complexo urbanizado rodeado por campos e pastagens. “A casa estava quase vazia, praticamente não havia móveis, não havia sinais de vida nem comida, apenas seis volumes na sala”, contam fontes da investigação.

Eram seis sacos de lixo de plástico grandes, empilhados na principal sala de estar da casa, dos que vinha o terrível cheiro de morte. Em um deles estava o tronco de um homem de 40 anos. Em outro, suas extremidades. Repartido por outros dois sacos, o corpo esquartejado de uma mulher de idade semelhante. E em mais dois sacos, os cadáveres (completos) de dois menores, um menino de 5 anos e uma menina de 1.
“A morte foi rápida, não há sinais de tortura, não sofreram”, assinala uma fonte da investigação, que está sendo conduzida pelo comando de Guadalajara com 20 agentes especializados. “O trabalho foi feito por sicários profissionais, provavelmente com um facão ou um machado.”

O fato de as fechaduras das portas não estarem forçadas leva os investigadores a acreditar que os assassinos entraram na casa sem violência. “[As vítimas] os conheciam e os deixaram passar”, supõem. Pelo tipo de morte e pela “limpeza”, intuem que pode se tratar de “um ajuste de contas, provavelmente por drogas”, e os autores da chacina parecem ter experiência nisso. “Não é a primeira vez que fazem isso”, diz uma fonte. Pelo fato de a casa estar quase sem mobília, os investigadores acreditam que “a família estava fugindo, estava se escondendo”. E o estado de decomposição dos cadáveres indica que “estavam mortos havia pelo menos um mês”.

Aparentemente, “pela documentação encontrada, trata-se de uma família brasileira, um casal e seus dois filhos, mas os exames de DNA é que confirmarão suas identidades”, assinala uma fonte. Na casa não foram encontradas drogas nem grandes somas de dinheiro.

Os moradores de La Arboleda ficaram sabendo neste domingo, “pela televisão”, que no chalé vizinho havia toda uma família esquartejada e colocada em sacos plásticos.

Trata-se “da casa do Pedro, o administrador anterior”, comentavam alguns vizinhos na tarde deste domingo. “Mas ele e sua família viveram aqui até muito pouco tempo atrás, tão pouco que nem sabíamos que tinham alugado a casa para outras pessoas, deve fazer no máximo pouco mais de um mês, porque nós os vimos faz mais ou menos esse tempo”.

Segundo fontes da investigação, a casa “foi alugada por meio de uma imobiliária há mais de um mês”. O tipo de contrato assinado pelos inquilinos revelará parte de suas intenções. Segundo os vizinhos, o proprietário, chamado Pedro, vive agora em Madri com sua família. A casa era uma das poucas para alugar no condomínio, que foi construído há 21 anos e tem um vigilante que entra e sai da guarita da entrada aleatoriamente, “só tem a obrigação de permanecer ali a partir das 20h”. Com a casa isolada pela polícia, a investigação está verificando agora quais veículos acessaram a área nos últimos dois meses.

Fonte: POLÊMICA PARAÍBA E EL PAÍS

DIÁRIO DO SERTÃO

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