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MP da reforma do ensino médio é inconstitucional, diz Janot ao STF

Medida Provisória editada por Temer em setembro foi aprovada pela Câmara na semana passada e agora está em análise no Senado.

Por Henrique

20/12/2016 às 08h40 • atualizado em 19/12/2016 às 21h25

STF (Foto: Internet)

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao Supremo Tribunal Federal no qual afirma que a medida provisória que estabelece uma reforma no ensino médio é inconstitucional.

O G1 buscava contato com a assessoria do Ministério da Educação até a última atualização desta reportagem.

A MP foi editada pelo presidente Michel Temer em setembro deste ano e, após ser publicada no “Diário Oficial da União”, passou a ter força de lei. Para se tornar definitiva, porém, a medida deve ser aprovada pelo Congresso Nacional no prazo de quatro meses.

O texto da MP do ensino médio foi aprovado na semana passada pela Câmara e agora está em análise no Senado. Ao votar a medida proposta pelo governo Temer, os deputados aprovaram tornar obrigatórios os estudos de filosofia e sociologia no ensino médio.

Ao opinar sobre uma ação movida pelo PSOL, na qual o partido pede a suspensão da MP, Janot disse que uma medida provisória, com rito abreviado, não é o instrumento adequado para reformas em políticas públicas.

Segundo nota divulgada pelo site da PGR, Rodrigo Janot afirmou no parecer que “há flagrante inobservância dos pressupostos de edição de medida provisória”, entre os quais como urgência e pressuposto de provisoriedade dos efeitos jurídicos.

Além disso, Rodrigo Janot apontou que a discussão sobre a reforma curricular é complexa e precisa de participação democrática, não podendo ser feita de forma abrupta.

“O PGR [Janot] destacou [no parecer ao STF] que a discussão da Base Nacional Comum Curricular é complexa e vem sendo feita de maneira participativa há anos, como deve ser, pois não se pode admitir que projeto dessa magnitude e relevância seja precipitado. De acordo com ele, o próprio Ministério da Educação (MEC) demonstra em seu site a complexidade do projeto e a necessidade de participação democrática e amadurecimento”, diz a nota divulgada pela Procuradoria Geral da República.

G1

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