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VÍDEO: José Aldemir diz que vai vetar projeto que classifica templos religiosos como atividade essencial

O prefeito de Cajazeiras pediu sensatez ao pastores e afirmou que nunca viu tamanha falta de amor ao próximo e solidariedade.

Por Juliana Santos

03/03/2021 às 20h31 • atualizado em 03/03/2021 às 20h51

O prefeito de Cajazeiras, no Sertão paraibano, José Aldemir (PP) se pronunciou nesta quarta-feira (3), por telefone, direto de João Pessoa, sobre o protesto realizado por pastores evangélicos nessa terça-feira, em frente a prefeitura e a Câmara Municipal da cidade, pendido abertura das igrejas, que de acordo com os dirigentes também prestam serviço essencial a população, como o comércio e outros estabelecimentos.

Seguido ao protesto, houve uma solicitação de discussão do vereador Alysson Voz e Violão (Cidadania), para que seja criado um projeto de lei que prevê a classificação das igrejas, templos religiosos de qualquer culto e as comunidades missionárias como atividades essenciais em todo o município durante a pandemia. O chefe do executivo afirmou que irá vetar, mesmo que seja aprovado na Câmara. “Se caso a Câmara a provar o projeto do vereador Alysson Voz e Violão eu não vou sancionar, antes vai passar pelo setor jurídico, para verificar se tem respaldo constitucional, pode ter certeza que não vou sancionar antes de ouvir o parecer”, frisou o prefeito.

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José Aldemir disse na entrevista na Rádio Alto Piranhas que ficou estarrecido com a proposta dos pastores de flexibilizar a abertura das igrejas evangélicas para a realização de cultos. “Eu nunca vi tamanha insensatez, falta de de amor ao próximo, falta de solidariedade, agora os pastores querem propor que a realização de cultos sejam serviços essenciais a sociedade”, detalhou.

Nessa terça-feira, representantes de igrejas evangélicas realizaram um protesto contra o fechamento dos templos religiosos.

Pastores realizaram um protesto contra fechamento das igrejas. (Foto: Reprodução TV Diário do Sertão)

Toda essa discussão surgiu devido o decreto do Governo da Paraíba e da Prefeitura de Cajazeiras determinam que igrejas promovam as celebrações apenas de forma online, ou pela TV ou rádio. O intuito é de evitar aglomeração e assim diminuir a propagação da Covid-19.

Em entrevista ao programa Olho Vivo da TV Diário do Sertão, o pastor Genildo Pereira afirmou que era necessário conversar e ter um acordo, pois a igreja precisa está aberta como outros departamentos e o comércio. “Assim como alguns estabelecimentos, a igreja se torna também essencial, mesmo que alguém não veja com bons olhos, mas nós somos essenciais, pois trabalhamos da forma espiritual”, explicou.

Ainda de acordo com Genildo Pereira, com os templos fechados não é possível pagar os custos da igreja. “O trabalho do pastor é pregar a palavra, com a igreja fechada não temos condições de manter a prestação, a água e a energia, se for possível faremos os culto durante o dia, mas uma horinha de culto, não vamos causar a disseminação do vírus”, afirmou.

Projeto de Lei

De acordo com o vereador, Alysson Voz e Violão, o projeto de lei que incluiu os templos religiosos de qualquer e culto e religião como serviço essencial e um pedido dos cidadãos. “As organizações religiosas como um todo estão preocupados com o bem-estar espiritual de seus fieis como a saúde física e emocional. Assim busca agir de maneira prudente cooperando com a sociedade não sendo impedidas de estarem celebrando seus cultos e reuniões com todos os cuidados e protocolos exigidos pelas normas sanitárias do Ministério da Saúde”.

Está previsto que o projeto entre na pauta de votação Câmara Municipal de Cajazeiras na próxima segunda-feira (8) em sessão ordinária remota.

DIÁRIO DO SERTÃO

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