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VÍDEO: Atriz cajazeirense diz que descriminalização não é aval para aborto no país e defende direito da mulher

Priscila Tavares é uma artista cajazeirense que faz parte do movimento que luta pelos direitos das mulheres na cidade

Por Diário do Sertão

16/10/2023 às 19h10 • atualizado em 16/10/2023 às 19h14

Durante o quadro ‘Trocando Ideias’ do programa Diário News, da TV Diário do Sertão, a atriz e repórter Priscila Tavares destaca os direitos das mulheres sobre seus corpos e se diz a favor da descriminalização do aborto no Brasil.

A discussão foi pautada em cima da ação que corre no Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do aborte até a 12ª semana de gestação. Junto a ela estavam a advogada Tatiana Crispim, a professora Solange Nogueira e a escrivan da Polícia Civil Elisangela Dantas.

Priscila Tavares é uma artista cajazeirense que faz parte do movimento que luta pelos direitos das mulheres em Cajazeiras.

“Eu sou a favor da descriminalização. Descriminalizar é diferente de legalizar. Ser a favor da descriminalização não quer dizer que eu sou a favor do aborto. O ponto que puxo é em relação ao direito da mulher, o direito de escolha. A descriminalização é um passo muito importante na luta feminina dentro da sociedade. Por muitos anos, nós mulheres fomos vistas apenas como procriadoras, cuidadoras de família e hoje em dia nos prezamos, também, pela nossa carreira, por outras coisas em nossas vidas”, disse.

Ela apresentou dados do Portal da Transparência do Registro Civil, onde mostra que mais de 100 mil crianças foram registradas sem o nome do pai no Brasil e disse quer o ‘aborto paterno’ é legalizado no Brasil.

“Por que é legal para um cara ter a possibilidade de escolher ter um filho na vida dele ou não, e para a mulher não?”, questinou a atriz.

Priscila ressalta que a descriminalização não é um aval para o aborto no país e explica que se houver a descriminalização, as mulheres que forem em busca do aborto terão um acompanhamento e isso pode fazer com que elas repensem a ideia de interromper a gestação.

“A campanha de prevenção é falha no Brasil, a educação sexual não existe, outro ponto que a gente tem que pensar, que é importante e é necessário para os nossos jovens, que exista educação sexual no Brasil”, defendeu a repórter.

Segundo Priscila, para combater a problemática do aborto no Brasil é preciso trabalhar na construção em todos os âmbitos sociais, na saúde, educação e justiça. Ela ressalta ainda, que a responsabilidade é totalmente atribuída a figura feminina.

“Eu sinto que a responsabilidade cai toda sobre a mulher e a concepção não é feita só com a mulher, existem dois indivíduos, o homem e a mulher para poder ter a concepção de uma criança. Responsabilizar só a mulher em relação a isso é completamente injusto e absurdo. Se for assim a gente tem que trazer o pai também para a história, vamos culpar o cara também pelo aborto paternal”, disse.

Assista ao debate completo no programa Diário News:

DIÁRIO DO SERTÃO

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