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Conselho Nacional de Justiça firma convênio com universidade e aponta irregularidades no presídio

O coordenador do conselho afirmou que os detentos do presídio regional estão tomando água contaminada, podendo trazer graves problemas.

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03/02/2011 às 18h11

O secretário da Cidadania e Justiça da Administração Penitenciária do Estado, José Alves Formiga, o Coordenador estadual do Conselho Nacional de Justiça, Paulo Irion, promotores e juízes de Cajazeiras, visitaram nessa quarta-feira (02), o Presídio Regional e Cadeia pública feminina da cidade.

Nessa visita, o Conselho Nacional de Justiça firmou um convênio com o curso de Direito da faculdade católica, FAFIC (Faculdade de Filosofia Ciências e Letras de Cajazeiras), para que os estudantes auxiliem nas revisões processuais da Vara das execuções penais da comarca da cidade.

O secretário José Formiga informou que os presídios de Cajazeiras não têm problemas de superlotação, mas apresentam dificuldades nas estruturas físicas.

Já o coordenador estadual do Conselho Nacional de Justiça afirmou que encontrou problemas graves nessa inspeção nas unidades prisionais da cidade.

De acordo com Paulo Irion, o presídio regional tem um sério problema no abastecimento d´água. Ele disse que a falta do líquido é constante e quando chega não tem qualidade.

“Há um problema muito sério na qualidade da água que parece ser misturada ao próprio esgoto e isso pode trazer consequências para a saúde dos presos”, declarou Irion

Presídio feminino
Na cadeia feminina, que funciona no centro da cidade, o coordenador reprovou o prédio, pois não tem entrada de ar nem iluminação nas celas.

“Não é concebível que atrás das grades, em partes externas estejam construídas paredes de tijolos, fazendo com que as celas fiquem sem ventilação e iluminação adequados”, criticou

Irion enfatizou ainda, que o objetivo dos mutirões processuais realizados pela justiça é revisar os processos, fazendo com que sejam concedidos direitos aos presos que passaram despercebidos.

“Não estamos aqui para soltar presos indevidamente, nem temos o intuito de reduzir a população carcerária”, finalizou

Faculdade
O diretor geral da FAFIC, Padre Agripino Ferreira disse que é uma alegria muito grande poder firmar esse convênio com a comissão de justiça.

“É bom saber que essa comissão vem se preocupando com a situação de muitos de nossos irmão e irmãs apenados do Estado”, frisou.

DIÁRIO DO SERTÃO
 

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