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VÍDEO: Justiça encerra greve de professores em Itaporanga e sindicalista chama prefeito de ‘indecente’

Desembargador julgou procedente o pedido de liminar do Município e estipulou multa diária de R$ 10 mil até R$ 100 mil em caso de descumprimento do sindicato

Por Luis Fernando Mifô

07/03/2022 às 16h59 • atualizado em 07/03/2022 às 17h06

O desembargador Marcos Cavalcanti de Albuquerque determinou, na sexta-feira (4), o fim da greve dos professores da rede municipal de Itaporanga. Decisão decorreu de uma ação movida pelo Município, que alega prejuízo educacional aos estudantes.

O desembargador julgou procedente o pedido de liminar do Município e estipulou multa diária de R$ 10 mil até R$ 100 mil em caso de descumprimento da ordem pelo do SINTEMI (Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Município de Itaporanga).

Neste fim de semana ocorreu uma reunião entre os professores e os representantes da Prefeitura, mas não houve acordo porque o Município reiterou que não tem condições financeiras de implantar o reajuste de 33,24% no piso salarial. Professores, por sua vez, não abrem mão deste percentual, que é nacional.

A presidente do SINTEMI, Damiana Gomes, disse à TV Diário do Sertão que o sindicato tem como provar que o Município tem recursos financeiros sobrando para bancar o acréscimo na folha.

“Ele [o prefeito Divaldo Dantas] não teve nada de bom pra gente e disse que não tinha como pagar. Ele tem, sim, como pagar. A folha de pagamento desse mês de fevereiro saiu com o terço das férias. A diferença do terço das férias para a folha normal é justamente o reajuste. Mesmo assim só atingiu oitocentos e poucos mil. Então ele não dá o reajuste porque não tem compromisso com a educação”, falou a sindicalista.


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Segundo Damiana, o prefeito ofereceu reajuste de 10,18%, mas ela considerou ‘indecente’ essa proposta e disse que as reivindicações continuarão, mesmo após o retorno das aulas.

“Ele foi muito indecente com essa proposta. A categoria não aceita. Nós vamos voltar pra sala de aula quando eu for notificada. Mas não vai ficar por aqui. Vamos voltar, mas depois voltaremos à greve e ele vai dar esse reajuste, até porque nós temos provas que ele tem condição de dar”.

Outro lado

Quando os professores entraram em greve no dia 14 de fevereiro, o prefeito Divaldo Dantas emitiu uma nota de esclarecimento alegando que o Município não tem condições financeiras para implantar o percentual de reajuste do piso porque “sofre com desiquilíbrio fiscal, econômico-financeiro, decorrente da gradual diminuição da arrecadação e das transferências dos recursos por parte do Governo Federal, frente a manutenção das despesas correntes, sobretudo da folha de pagamento, inclusive das contribuições previdenciárias” (leia a nota completa aqui).

DIÁRIO DO SERTÃO

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