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VÍDEO: Em Sousa, uma das mais antigas ‘bagaceiras’ do Sertão mantém viva a tradição do comércio popular

O Armazém Bagaço foi fundado em 1957 pelo comerciante Otácio Batista. Depois, passou para as mãos do filho Luiz Otácio, ambos já falecidos. Atualmente, o comércio está na sua terceira geração, com Socorro Batista, filha de Luiz e neta do fundador

Por Jocivan Pinheiro

13/12/2022 às 18h00 • atualizado em 13/12/2022 às 18h01

No Nordeste brasileiro, sobretudo na Paraíba e no Ceará, um tradicional tipo de estabelecimento comercial chamado de bagaceira ainda é bastante procurado por quem quer comprar artigos de utilidade que nem sempre tem em lojas e supermercados.

As bagaceiras existem há séculos e geralmente estão localizadas em mercados públicos. É justamente no mercado público da cidade de Sousa que existe uma das mais antigas bagaceiras do Sertão da Paraíba.

O Armazém Bagaço foi fundado em 1957 pelo comerciante Otácio Batista. Depois, passou para as mãos do filho Luiz Otácio, ambos já falecidos. Atualmente, o comércio está na sua terceira geração, com Socorro Batista, filha de Luiz e neta do fundador. “Estou aqui tocando o Armazém Bagaço com muito orgulho. Amo muito esse lugar. Aqui é minha segunda casa”, diz a comerciante.

Com seus diversos utensílios, muitos deles voltados para o homem do campo, o Armazém Bagaço acaba também cumprindo a função de manter viva algumas tradições sertanejas.

“Eu estou aqui continuando, levando como Deus pode, e tenho fé em Deus que até o fim da minha vida ele vai ficar de portas abertas. E quando eu for, vai ter uma pessoa para ficar no Armazém Bagaço representando meu avô e meu pai”, diz dona Socorro.

Socorro Batista, neta do fundador do Armazém Bagaço (Foto: Bruno Rafael / TVDS)

Na bagaceira, os clientes encontram artigos para vaqueiros, pescadores, ferramentas para atividades no campo e diversos utensílios que remetem ao antigo Sertão, como por exemplo a lamparina (ou lampião).

Na entrada ainda está a cadeira onde o avô e o pai de dona Socorro sentaram por tantos anos. “Quando eu chego todo dia, me dá uma emoção muito grande e uma saudade imensa de não ter meu pai aqui, mas ele continua sempre vivo dentro do meu coração. Em cada canto aqui está a raiz da minha família”, ressaltou a comerciante.

DIÁRIO DO SERTÃO

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