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VÍDEO: Enfermeiros fazem protesto em Cajazeiras pelo piso nacional: “Vamos gritar porque a gente merece”

Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem realizaram uma mobilização nacional para reivindicar a implantação do piso salarial da categoria, que foi aprovado, sancionado, mas suspenso por decisão no STF

Por Jocivan Pinheiro

14/02/2023 às 17h12 • atualizado em 14/02/2023 às 18h01

Enfermeiros, técnicos de enfermagem e auxiliares de enfermagem realizaram uma mobilização nacional, nesta terça-feira (14), com protestos e paralisações em alguns serviços de saúde. O objetivo é reivindicar a implantação do piso salarial da categoria, que foi aprovado, sancionado, mas suspenso por decisão do ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal).

Em Cajazeiras alguns profissionais se reuniram em frente à Câmara de Vereadores, mas outros não puderam participar da mobilização porque é preciso manter, pelo menos, 30% dos serviços funcionando sem prejuízo à população.

Elinete Lourenço, presidente do SINFUMC (Sindicato dos Funcionários Municipais de Cajazeiras), disse que apesar de não poder reunir uma quantidade maior de profissionais de enfermagem, o ato foi positivo, principalmente porque contou com vereadores que se comprometeram em apoiar a causa. Ela ressaltou que os profissionais de enfermagem são ‘os anjos que fizeram a diferença na pandemia’, mas agora estão sendo tratados como ‘demônios’.

“São as pessoas que estão na ponta, dentro dos hospitais, das unidades de saúde, os anjos que fizeram a diferença na pandemia. Só que agora se tornaram demônios porque tem que ir pra rua reivindicar um salário digno, um piso salarial que está aí e que o Federal emperra”.

Em Cajazeiras, mobilização aconteceu em frente à Câmara de Vereadores (Foto: Victor Batista/TVDS)

Renata Lívia, conselheira do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba (Coren-PB), também destacou a importância de ter agentes políticos apoiando a luta. Ela fala, ainda, que a categoria está cobrando mais respeito e valorização.

“Não adianta a gente ir à rua e não mobilizar um grupo político. Nós fomos escutados pelos vereadores, pelo presidente [da Cãmara], e a gente precisa sair mais, gritar mais, nós não podemos cruzar os braços. De heróis, nós viramos vilões da economia do Brasil, onde não se pode pagar um piso justo. Então a gente não pode deixar essa luta enfraquecer. Enquanto tiver manifestação, nós vamos às ruas, nós vamos gritar, a gente merece um piso digno”, reiterou.

O que falta

O próximo passo para que o piso salarial da enfermagem seja concretizado é a publicação, pelo Governo Federal, de uma medida provisória regulamentando as fontes de financiamento aprovadas pelo Congresso. A previsão é que isso ocorra em março. Caso contrário, a enfermagem ameaça entrar em greve em todo o Brasil a partir do dia 10.

O piso salarial fixa os seguintes valores para a categoria: R$ 4.750 para enfermeiros, R$ 3.325 para técnicos de enfermagem e R$ 2.375 para auxiliares de enfermagem e parteiras.

DIÁRIO DO SERTÃO

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