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VÍDEO: Com Doença de Chagas, idoso não recebe remédios da Secretaria de Saúde de Cajazeiras há quase um ano

Francisco da Silva, de 79 anos, vem encarando um duro tratamento contra a Doença de Chagas. Há muitos anos ele precisa de uma série de medicamentos para conviver com as sequelas da patologia

Por Luis Fernando Mifô

19/10/2023 às 17h54 • atualizado em 19/10/2023 às 17h58

O aposentado Francisco da Silva, de 79 anos, vem encarando um duro tratamento contra a Doença de Chagas. Há muitos anos ele precisa de uma série de medicamentos para atenuar as sequelas da patologia. Mas, para piorar a situação, faz quase um ano que a Secretaria de Saúde de Cajazeiras deixou de entregar dois medicamentos importantes, mesmo sob ordem da Justiça.

Segundo o aposentado, em novembro do ano passado a Secretaria de Saúde parou de entregar Ancoron 200mg e Carvedilol 25mg. De lá pra cá, seu Francisco só recebeu Carvedilol duas vezes. Já o Ancoron, nem uma vez.

“A gente fica chateado, não com as pessoas que entregam o remédio, porque elas não têm culpa, é por estar todo mês ali. Isso é uma coisa que não poderia acontecer. Na outra gestão eu recebia. Mesmo que tivesse um atraso de dez dias ou cinco dias, mas eu recebia. Agora, de jeito nenhum”, lamentou o aposentado.

“O apelo que eu quero fazer é que, em meu nome e em nome de várias pessoas que não estão recebendo, que a secretária faça um meio de arrumar esse medicamento”, acrescentou.

Sem retorno

A produção do programa Olho Vivo, da TV Diário do Sertão, tentou contato com a secretária de Saúde de Cajazeiras, Michelle Noleto, mas ela não atendeu as ligações. O e-mail [email protected] fica disponível, bem como o programa Olho Vivo (diariamente das 12h às 14h), caso a secretária ou a assessoria deseje apresentar esclarecimentos sobre o assunto.

Seu Francisco faz apelo para voltar a receber medicamento para Doença de Chagas (Foto: Diário do Sertão)

Doença de Chagas

É uma doença causada por um parasita e transmitida principalmente através de um inseto popularmente conhecido como “barbeiro”. No homem e nos animais, vive no sangue periférico e nas fibras musculares, especialmente as cardíacas e digestivas.

A transmissão se dá pelas fezes que o “barbeiro” deposita sobre a pele da pessoa enquanto suga o sangue. Geralmente, a picada provoca coceira e o ato de coçar facilita a penetração do tripanossomo pelo local da picada. O Trypanosoma cruzi contido nas fezes do “barbeiro” pode penetrar no organismo humano também pela mucosa dos olhos, nariz e boca ou através de feridas ou cortes recentes existentes na pele.

Os sintomas na fase aguda são: febre, mal-estar, falta de apetite, edemas (inchaço) localizados na pálpebra ou em outras partes do corpo, aumento do baço e do fígado e distúrbios cardíacos. Em crianças, o quadro pode se agravar e levar à morte.

Na fase crônica, muitos pacientes podem passar um longo período, ou mesmo toda a sua vida, sem apresentar nenhuma manifestação da doença, embora sejam portadores do T.cruzi. Em outros casos, a doença prossegue ativamente, passada a fase inicial, podendo comprometer muitos setores do organismo, como o coração e o aparelho digestivo.

DIÁRIO DO SERTÃO

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