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VÍDEO: Após decreto, músicos de Cajazeiras vendem instrumentos para pagar contas e alimentar a família

Em participação ao vivo no programa Olho Vivo, o secretário de Cultura e Turismo Ubiratan di Assis disse que na última sexta-feira a prefeitura havia liberado a quarta e última parcela aos artistas locais contemplados pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fuminc)

Por José Dias Neto

14/09/2021 às 20h45

Diante da pandemia do coronavírus e o registro do primeiro caso da variante Delta em Cajazeiras, a primeira ação da gestão municipal foi adotar medidas restritivas contra a Covid-19, e mais uma vez a classe artística foi a primeira a estar na lista das proibições do decreto municipal.
Embora estejam cientes da gravidade da pandemia, artista da terra estão enfrentando dificuldades financeiras pelas restrições impostas pela crise e apelam para que a prefeitura possa apoiar financeiramente a classe, impactada diretamente com o novo decreto.

Nesta terça-feira (14), o programa Olho Vivo conversou o cantor Tikinho Pankdão que pediu sensibilidade à gestão para o setor que desde o início da pandemia sofre diretamente com as proibições. A sugestão da classe é a prorrogação das parcelas do Fundo Municipal de Apoio à Cultura (Fuminc).

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‘’A gente já vinha com mais de um ano e meio parado, conseguimos amenizar um pouco nosso sofrimento, agora voltamos a estaca zero. Não somos hipócritas de não ver que não é alarmante, já temos um caso da nova variante. A gente fica triste porque nossos amigos músicos voltaram a vender instrumentos para comer’’, disse.

Cajazeiras é uma das únicas cidades do sertão paraibano que adotou medidas restritivas nos últimos dias. Os músicos da cidade precisam viajar para Sousa e outros municípios para se apresentar e garantir seus sustentos.

Show. Foto: Reprodução da internet

‘’É muito complicado. Temos que sair da nossa cidade pra poder ganhar o pão. Sousa tá aberto com decreto de 50% de ocupação, Marizópolis também. Mas a gente de Cajazeiras, voltamos à estaca zero. Pedimos que a prefeitura olhe com carinho pra gente porque estamos sendo prejudicados’’, desabafou.

O artista também disse que a exigência do cartão de vacinação nos bares e restaurantes foi uma medida eficaz e que pode ser utilizada pelos músicos.

‘’A gente vinha vendo que não tava tendo o público de antes, ou seja aglomerações. A pandemia veio trazendo a crise econômica e as pessoas estão sem dinheiro. Pedimos ao Comitê Gestor de Cajazeiras que olhe pra gente com carinho porque fomos os principais prejudicados com tudo isso’’, concluiu.

A POSIÇÃO DA GESTÃO?

Em participação ao vivo no programa Olho Vivo, o secretário de Cultura e Turismo Ubiratan di Assis disse que a prefeitura havia liberado a quarta e última parcela aos artistas locais contemplados pelo Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fuminc). O pagamento é efetuado na sede da Secretaria de Cultura e Turismo (Casarão da Epifânio Sobreira, no centro da cidade). Os cento e dez artistas estão sendo beneficiados com R$ 1.200,00, divididos em quatro parcelas de R$ 300,00.

‘’O prefeito Zé Aldemir vem cumprindo a lei do Fuminc dentro dos editais estabelecidos e nós em período de pandemia, fizemos duas edições em caráter emergencial porque não podíamos ter evento com aglomerações. Abrimos editais e contemplamos artistas, em sua grande maioria músicos. No próximo mês de janeiro vamos abrir inscrições para o Fuminc em 2022”.

Ubiratan de Assis é secretário de cultura da cidade de Cajazeiras

De acordo com a secretaria de Cultura e Turismo de Cajazeiras, neste período de pandemia o município recebeu através da lei Aldir Blanc quase R$ 500 mil.

‘’A prefeitura recebeu através da lei Aldir Blanc do governo federal R$ 458 mil. Nós fizemos a lição de casa e aplicamos devidamente a lei. Mas com relação ao Fuminc quero dizer que um outro apoio em caráter apoio só no ano que vem’’, disse.

Ubiratan recomendou que os músicos de Cajazeiras inscrevam seus projetos na secretaria de Cultura do Estado para que sejam contemplados com auxílio, que segundo ele será anunciado em breve com parcelas de R$ 600,00.

DIÁRIO DO SERTÃO

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