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VÍDEO: Heron propõe debate sobre criação da Universidade do Sertão e descentralização do ensino superior

O pré-candidato a deputado federal defende um debate mais amplo sobre um novo desmembramento da UFCG, com objetivo de expansão de mais Campi em regiões sertanejas não favorecidas

Por José Dias Neto

08/07/2022 às 11h47

Com atuação no Sertão apenas nos municípios de Cajazeiras, Patos, Pombal e Sousa a Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), que foi desmembrada da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), com o objetivo de levar o ensino superior para o interior do Estado, não chega a uma parte importante do Sertão paraibano, como nos municípios do Vale do Piancó e da Serra do Teixeira. Observando essa realidade, o pré-candidato a deputado federal Heron Cid (PSB), defendeu em entrevista ao programa Olho Vivo da TV e Rede Diário do Sertão, um debate mais amplo sobre um novo desmembramento da UFCG, com objetivo de expansão de mais Campi em regiões sertanejas não favorecidas.

“Por qual motivo a gente discute o IF Sertão e não toca na possibilidade de desmembrar a UFCG? Nós estamos em Cajazeiras com estudantes na Universidade Federal de Campina Grande, da cidade de Campina, mas que está em Cajazeiras. E muitos outros sertanejos não têm essa possibilidade. Em muitos casos, pela distância, por não ter um Campus no seu município, ou mais próximo dele. Temos que discutir essa possibilidade da Universidade Federal do Sertão, pois isso vai facilitar a instalação de novos Campi, sobretudo na região do Vale do Piancó e na Serra do Teixeira, que não possuem unidades da instituição”, defendeu Heron Cid.

Universidade Federal de Campina Grande, campus Cajazeiras. Foto: Diário do Sertão

Ele acredita que quando existir a garantia de uma universidade mais regionalizada, ficará mais fácil outras cidades serem alcançadas. Na sua avaliação, a chegada de uma instituição de ensino superior em um município, muda a realidade do local. Além de ampliar o acesso à educação dos moradores e de aplicar técnicas e estudos que melhoram as diversas atividades produtivas e sociais na região, o novo Campi movimenta a economia, tanto com a receita dos tributos que traz para a cidade, como também com os serviços que são criados a partir da instalação da unidade. Aumenta, por exemplo, a demanda por moradia, hospedagem, alimentação fora do lar, transporte e tantos outros.

“Esse debate deve ser ampliado. Precisamos interiorizar mais a educação superior a partir de Santa Luzia. Temos que colocar o tema na mesa e debater, fazer uma discussão técnica com viabilidade para a criação de uma Universidade Federal do Sertão, levando a outras regiões que estão fora atualmente”, afirmou.

DIÁRIO DO SERTÃO

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