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VÍDEO: 1º lugar no Brasil, professor Djalma diz que prêmio traz reconhecimento à história de Cachoeira

Djalma Luiz recebeu o prêmio Déa Fenelon no 33º Simpósio Nacional de História, o maior evento da América Latina, pela pesquisa "Akangatu, o Levante da Memória: Ensino de História e Letramento Patrimonial em Cachoeira dos Índios-PB"

Por Priscila Tavares

15/07/2025 às 18h36 • atualizado em 15/07/2025 às 18h38

O professor Djalma Luiz do Nascimento Dantas, da cidade de Cajazeiras, Paraíba, alcançou o primeiro lugar do Prêmio Déa Fenelon de Ensino de História, considerado o “Oscar” da área no Brasil.

Djalma recebeu o prêmio no 33º Simpósio Nacional de História, o maior evento da América Latina na área, que acontece em Belo Horizonte e reúne 6 mil professores da educação básica e superior. Djalma Luiz participou ao vivo do programa Olho Vivo nesta terça-feira (15), direto da capital mineira, para compartilhar a conquista histórica.

O reconhecimento inédito para a Paraíba foi concedido pelo projeto “Akangatu, o Levante da Memória: Ensino de História e Letramento Patrimonial em Cachoeira dos Índios-PB”, desenvolvido pelo professor em sua pesquisa de mestrado. O trabalho se destaca por reescrever a história do município de Cachoeira dos Índios e criar um inventário de bens histórico-culturais, valorizando a memória social e a identidade local.

Professor Djalma Luiz (Foto: Diário do Sertão)

Um Reconhecimento que Reescreve Histórias

Durante a entrevista, o professor Djalma Luiz expressou a imensa satisfação em receber o prêmio. “Ficar em 1º lugar do Brasil, em meio ao contexto de muitos trabalhos de qualidade, é muito importante. Porque durante muito tempo, Cachoeira dos Índios foi a cidade que não tinha história, que tinha seu nome questionado e através de um trabalho de um professor de história com seus alunos da escola Maria Cândido de Oliveira, conseguimos fazer história, escrever história e continuamos fazendo história agora com esse reconhecimento”, declarou.

A conquista é ainda mais significativa por ser o primeiro prêmio Déa Fenelon a ser concedido a paraibanos, envolvendo não só o professor, mas também a Escola Maria Cândido de Oliveira e seus estudantes. Djalma Luiz ressaltou o orgulho da região de Cajazeiras e de Cachoeira dos Índios por ter um trabalho reconhecido como o melhor do Brasil. Ele também destacou que seu projeto foi o único premiado que não é desenvolvido em uma capital, provando que “é possível fazer ciência em todos os lugares, principalmente no Alto Sertão Paraibano”.

Professor Djalma Luiz no 33º Simpósio Nacional de História, em Belo Horizonte (Foto: Arquivo pessoal)

Sobre o Prêmio Déa Fenelon

O Prêmio Déa Fenelon foi instituído pela Associação Nacional dos Professores de História do Brasil (Anpuh/Brasil) com o objetivo de valorizar e reconhecer projetos de ensino de História de relevância para a Educação Básica. A honraria leva o nome de Déa Ribeiro Fenelon (1933-2008), uma historiadora mineira que dedicou sua vida aos estudos sobre ensino de história, história do trabalho e memória cultural, sendo uma figura chave nos debates sobre o currículo de história na educação básica.

Nesta edição, o prêmio reconheceu três práticas pedagógicas de diferentes regiões geográficas do Brasil. Além de certificados e o prestígio do reconhecimento, os vencedores recebem financiamento para participar de uma mesa redonda no Simpósio Nacional de História, onde apresentam seus trabalhos. Os projetos também serão incluídos em um livro da ANPUH, que fará parte do Banco de Projetos de Ensino de História da associação, e as escolas envolvidas receberão uma menção honrosa.

Professor Djalma Luiz do Nascimento Dantas (Foto: TV Diário do Sertão)

Os Destaques do 3º Prêmio Déa Fenelon:

  • 1º lugar: “Akangatu, o levante da memória: ensino de história e letramento patrimonial em Cachoeira dos Índios-PB” – Djalma Luiz do Nascimento Dantas.
  • 2º lugar: “Meu bairro, minha áfrica: um diálogo entre escola e território na construção de uma educação antirracista” – Marcus Vinicius Rocha Vieira.
  • 3º lugar: “A problematização dos passados presentes da ditadura civil-militar a partir da crítica documental: oficina para educação em direitos humanos na escola EMEF Governador Ildo Meneghetti (POA/RS)” – Vicente dos Santos Schneider.

A conquista do professor Djalma Luiz não apenas enaltece o trabalho educacional desenvolvido na Paraíba, mas também reforça a importância de projetos que valorizam a história e a cultura local, mostrando o potencial de impacto de iniciativas que partem do interior do país.

Livro desenvolvido com os alunos da rede pública de ensino durante a pesquisa de mestrado do professor Djalma (Foto: Reprodução/ Diário do Sertão)

DIÁRIO DO SERTÃO

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