VÍDEO: Alunos de Enfermagem da UFCG/Cajazeiras alegam falta de professores e alertam que curso está em risco
Presidente do Centro Acadêmico alerta que turmas estão sem aulas e docentes sobrecarregados; UFCG ainda não se posicionou oficialmente
O curso de Enfermagem do Centro de Formação de Professores (CFP), da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), campus Cajazeiras, está enfrentando uma grave crise que ameaça a continuidade das atividades acadêmicas. A denúncia foi feita pelo presidente do Centro Acadêmico de Enfermagem, Ayron Figueiredo, que representa os discentes do curso e publicou um alerta nas redes sociais denunciando o déficit de docentes e a sobrecarga dos professores que permanecem em atividade.
“Estamos nos mobilizando e precisamos do apoio de todos. Nosso curso está em risco. Faltam professores, várias disciplinas estão sem aula e os docentes que restam acumulam até 22 créditos, o que é insustentável”, afirmou Ayron, ao convocar alunos, professores e a sociedade a assinarem um abaixo-assinado em apoio à causa.
Em vídeo publicado pelo Centro Acadêmico, o estudante reforça a situação crítica enfrentada pelos universitários:
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“A gente vem se manifestar diante da atual situação da nossa unidade acadêmica, que tem apresentado uma carência enorme do quadro de docentes em algumas disciplinas. Inclusive, tem turmas completamente sem aulas, ou seja, sem disciplinas, completamente desamparadas, o que prejudica a nossa formação”, declarou.
“Os professores são poucos e estão sobrecarregados, cargas horárias altíssimas, chegam até a 22 créditos, o que é uma coisa alarmante e que descumpre a promessa desse ensino superior de qualidade”, completou.
Ainda segundo Ayron, a situação compromete não apenas a formação dos alunos, mas também a saúde física e mental dos professores.
“Tudo isso nos prejudica, prejudica os professores, a nossa saúde, a saúde dos professores e toda a nossa formação acadêmica. Solicitamos que as autoridades ajam com urgência, porque do jeito que está, está insustentável”.
POSIÇÃO DA REITORIA – O Diário do Sertão tentou contato com o reitor da UFCG, professor Camilo Farias, para esclarecimentos e posicionamento oficial da reitoria, mas até o momento da publicação desta matéria, não houve retorno.
No entanto, a vice-reitora da universidade, Fernanda Leal, respondeu em um comentário na própria publicação feita pelo Centro Acadêmico no Instagram:
“Demanda pertinente. Estaremos no CFP no final do mês de agosto para realizar o Reitoria no Campus. Esse ponto deve entrar em pauta”, escreveu.
Quem também se pronunciou sobre o caso foi a diretora do campus Cajazeiras, professora Kênnia Abrantes. Em resposta à publicação, ela reconheceu o problema e disse que medidas estão sendo encaminhadas:
“O curso de Enfermagem, principalmente diante da situação atual, necessita de um olhar sensível e atento. O que temos é um déficit de professores, o que vem resultando na sobrecarga dos colegas e, de certa forma, comprometendo o processo de ensino-aprendizagem”, escreveu.
“Após diálogo com representantes da Unidade Acadêmica de Enfermagem (Uaenf), entre alunos e professores, está sendo elaborado um documento que será enviado à gestão superior da universidade, a fim de buscarmos diálogo e soluções. Precisamos de medidas urgentes, principalmente no que diz respeito ao déficit de docentes”, concluiu.
DIÁRIO DO SERTÃO
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