VÍDEO: “A vida real passou a ser vista como chata”, alerta professor sobre Marketing 6.0 na Geração Z
Conforme o educador, com o avanço da tecnologia, da personalização e do uso intenso de dados, o marketing evoluiu para um novo estágio, fortemente influenciado por algoritmos e inteligência artificial
Na coluna Diário Educação, desta segunda-feira (29), no programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, o professor Ivo Lavor fez uma análise aprofundada sobre a evolução do marketing ao longo das décadas e os impactos diretos desse processo na formação da identidade da chamada Geração Z. Durante sua participação, ele chamou a atenção de pais e educadores para os riscos do que classifica como o atual Marketing 6.0.
Ao contextualizar o tema, o professor fez um resgate histórico dos modelos de marketing. Segundo ele, o Marketing 1.0 tinha foco exclusivo no produto. Já o Marketing 2.0, surgido a partir da década de 1980, passou a explorar as emoções do consumidor. No Marketing 3.0, houve uma mudança ainda mais profunda.
“No Marketing 3.0, passou-se a representar as coisas com uma nova identidade. Você não comprava apenas um produto, você comprava um posicionamento. Por exemplo, você não comprava uma margarina, você comprava ‘uma família feliz’”, explicou.
LEIA TAMBÉM:
Com o avanço da tecnologia, da personalização e do uso intenso de dados, o marketing evoluiu para um novo estágio, fortemente influenciado por algoritmos e inteligência artificial.
“Com o tempo veio a personalização extrema do marketing, que é o tempo do algoritmo, da inteligência artificial, que é o tempo que nós vivemos. Só que o avanço foi tão significativo que a gente caminhou para o Marketing 5.0 nessa mesma linha, com um pouco mais de avanço, e o que hoje nós podemos denominar de Marketing 6.0”, destacou.
Marketing 6.0 – Segundo Ivo Lavor, é justamente nesse novo modelo que reside um dos maiores perigos para crianças e adolescentes. De acordo com ele, já não se vende apenas um produto ou uma ideia, mas uma nova realidade.
“No Marketing 6.0 não se vende mais um produto, não se vende mais uma ideia, vende-se uma nova realidade. E é aí que está o perigo”, alertou.
O professor citou plataformas e jogos populares entre os jovens, como Roblox, Fortnite, TikTok, Instagram, entre outros, para exemplificar como essas ferramentas influenciam comportamentos e percepções.
“Esses aplicativos e plataformas digitais vendem uma nova realidade. A vida natural passou a ser encarada como algo chato”, afirmou.
Para ele, o problema central está no contraste entre o ambiente virtual e a vida real.
“Só que a vida se dá na prática, na vida real. O que tem acontecido é um adoecimento dessa nova geração, porque nesses espaços virtuais tudo é mais rápido, tudo é mais recompensador, tudo não tem confronto. Então você tem uma geração que não sabe lidar com confronto”, analisou.
Acompanhamento – Diante desse cenário, Ivo Lavor defende que pais, professores e educadores assumam um papel ativo também nas redes sociais, utilizando esses espaços de forma consciente e educativa.
“Se você não está nas redes para vender algo relevante, para construir algum negócio ou mesmo para passar uma mensagem para alguém, esse espaço é um espaço perigoso. Cabe a nós, professores e educadores, encabeçarmos cada vez mais essas pautas para que possamos minimizar o impacto que tem acontecido”, concluiu.
A reflexão proposta pelo professor reforça a necessidade de diálogo, orientação e presença ativa dos adultos na formação crítica da nova geração diante de um mundo cada vez mais mediado por algoritmos e realidades digitais.
DIÁRIO DO SERTÃO
Leia mais notícias no www.portaldiario.com.br, siga nas redes sociais: Facebook, Twitter, Instagram e veja nossos vídeos no Play Diário. Envie informações à Redação pelo WhatsApp (83) 99157-2802.

Deixe seu comentário