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Alegando ser estuprada, mãe é acusada de matar o filho, queimar o corpo e enterrar no quintal: “Só tinha desejo por mim”

Régis Custódio de Oliveira, de 24 anos, foi morto com uma facada no pescoço.

Por Diário do Sertão

15/04/2016 às 09h13

Mulher foi se entregar à polícia após quatro anos

“Foi um golpe certeiro, eu não titubeei. E esse arrependimento, eu procuro, por Deus, mas ainda não achei.” A declaração é da lavradora Suzi Amâncio Vieira, de 52 anos, que confessou ter matado o próprio filho, queimado os ossos e enterrado os restos mortais no quintal de casa, há quatro anos, em Terra Roxa (SP).

Suzi disse que não se arrepende do crime e que agiu porque o filho, que era usuário de drogas, a estuprava e ameaçava fazer o mesmo com uma sobrinha. Segundo a lavradora, o assassinato ocorreu em 9 de maio de 2012, quando ela estava tomando banho e o jovem invadiu o banheiro com uma faca.

“Ele chegou a falar declaradamente que desejo por outra mulher não tinha, ele tinha por mim. Eu não aguentava mais ficar com isso me incomodando. Ele me maltratava muito dentro de casa. No banheiro, quando aconteceu o fato, eu resolvi reagir. Ou era ele, ou eu”, afirmou a mãe.

Régis Custódio de Oliveira, de 24 anos, foi morto com uma facada no pescoço. Suzi disse que deixou o corpo do filho no box do banheiro e, em seguida, o enrolou em um cobertor e enterrou no quintal. Três meses depois, decidiu desenterrar os ossos e queimá-los com etanol no mesmo local.

Aos vizinhos e familiares, a lavradora disse que o filho havia viajado para outro estado e nunca mais retornou. A versão foi sustentada até a noite desta terça-feira (12), quando Suzi procurou a delegacia da cidade e confessou o crime aos policiais.

“Eu fiz a coisa consciente, estou disposta a obedecer a Justiça, porque eu sempre vivi pela justiça e o que ele fazia comigo não era justo. Eu fiz de um jeito grotesco, reconheço, mas não me arrependo”, desabafou.

Ainda na noite de terça-feira, os investigadores recolheram fragmentos de ossos e dois dentes, supostamente humanos, no quintal da casa da mulher, no Centro de Terra Roxa. O material passará por exames para identificar se pertencem mesmo a Oliveira.

A mãe não foi presa porque não houve flagrante. O delegado Emerson Abade afirmou que aguardará o laudo do Instituto Médico Legal (IML) para dar prosseguimento ao caso. Vizinhos e familiares serão intimados nos próximos dias para prestarem depoimento.

Polícia
A Mãe procurou a Polícia Civil para confessar um crime cometido quatro anos atrás. Na última terça-feira (12), a mulher foi até a delegacia de Terra Roxa (SP) para contar que assassinou o próprio filho a facadas e escondeu o corpo.

De acordo com os policiais, a mulher alegou ter cometido o crime porque era frequentemente estuprada pelo rapaz de 24 anos. Após o desaparecimento dele, a mãe não prestou nenhuma queixa e informava aos vizinhos e familiares que o homem estaria viajando.

Ela teria matado o filho com uma facada no pescoço durante uma de suas tentativas de abuso. Depois, embalou o corpo em um cobertor e o enterrou no quintal, mas, três meses depois, o desenterrou e ateou fogo.

“Ela alegou que o filho praticava abusos sexuais, além de violência física. Então, não suportando mais essa situação, resolveu reagir a uma das investidas dele, que teria ocorrido no banheiro: conseguiu tomar a faca das mãos dele e golpeá-lo no pescoço”, afirmou o delegado Emerson Abade em entrevista à rede EPTV, sucursal da Rede Globo na região de Ribeirão Preto (SP).

G1.com e Agora1

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