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Polícia prende estudante de 18 anos suspeito de participação na chacina de família; Acusado fez selfies

De acordo com o delegado Reinaldo Nóbrega, o estudante foi apontado como ajudante do autor dos assassinatos. "Os dois se comunicavam o tempo todo".

Por Diário do Sertão

29/10/2016 às 08h56 • atualizado em 29/10/2016 às 09h00

Família de brasileiros que foi encontrada esquartejada

A Polícia Civil da Paraíba, por meio de um trabalho realizado pela Delegacia de Crimes contra a Pessoa (Homicídios) da Capital, prendeu, nessa sexta-feira (28), um estudante de 18 anos. Ele é suspeito de ser partícipe na chacina da família paraibana que morava na Espanha e que foi executada por um sobrinho do casal, segundo a polícia.

De acordo com o delegado Reinaldo Nóbrega, o estudante foi apontado como ajudante do autor dos assassinatos. “Quando o autor das mortes se entregou à polícia espanhola, isso exauriu o trabalho da Polícia e da Justiça Brasileira. Quando os autos chegaram às mãos das autoridades espanholas, eles encontraram indícios de que sobrinho das vítimas manteve comunicação durante o crime com o estudante por meio de um aplicativo de celular. O que fica claro é que o estudante de João Pessoa incentivava, dava dicas, orientava o autor a concluir o crime. É tanto que, após matar os tios e os primos e esquartejar os corpos, o autor fez fotos dos corpos, tirou ‘selfies’ e mandou para o amigo de João Pessoa, que foi preso hoje”, disse a autoridade policial.

O superintendente da Polícia Civil de João Pessoa e Região Metropolitana, Marcos Paulo Vilela, comentou que os suspeitos mantiveram um contato em tempo real por meio do aplicativo Whatsapp. “Os dois se comunicavam o tempo todo. O estudante sempre soube de tudo que aconteceu lá na Espanha, foi completamente conivente, foi partícipe desse crime tão chocante”, revelou o superintendente.

Ainda segundo o delegado Reinaldo Nóbrega, em depoimento e na conversa mantida entre os dois presos, ambos se mostravam extremamente frios apesar da crueldade do caso. E que no depoimento dado à Polícia Civil, estudante chegou a comentar que não procurou a polícia por medo do acusado. “Ele chegou a dizer que tinha medo do acusado e que por isso não procurou a polícia para denunciar o crime. Mas durante a conversa dos dois, a gente percebe que há uma intimidade e uma frieza que não indicam isso. Além disso, havia o receio de que Marvin Henriques Correia viajasse para a Espanha, para fugir de qualquer tipo de implicação criminal no Brasil. A prisão do estudante foi feita a partir de uma pedido do Ministério Público da Paraíba. Os mandados de prisão e de busca e apreensão contra o estudante foram expedidos na noite da quinta-feira (27). O estudante de 18 anos foi preso quando estava saindo para ir à escola, na residência dele, no bairro do Jardim Oceania”, revelou.

Além da prisão, foi cumprido um mandado de busca e apreensão para resgatar o celular do estudante e ainda a CPU do computador do estudante. Todo o material apreendido foi encaminhado para a perícia e os laudos farão parte do processo tanto do homicídio quanto da participação efetiva do estudante no crime. Ele ficará na carceragem da Central de Polícia de João Pessoa até ser encaminhado para audiência de custódia, na próxima segunda-feira (31).

Da Assessoria do governo da Paraíba

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