VÍDEO: Delegado da PF diz que Operação que investiga servidor da Caixa cumpriu mandados em fazendas da PB
A autoridade policial disse que o gado apreendido poderá ser submetido a leilão para então o dinheiro ser devolvido. Foram cumpridos 12 mandados de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa, Cabedelo, Pombal, Cajazeiras e São Bentinho
O delegado Chefe da delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros, Derly Brasileiro, concedeu entrevista coletiva na sede da Polícia Federal, em João Pessoa e deu detalhes da Operação Lesa-Caixa deflagrada na manhã desta terça-feira (25) em Cajazeiras, Pombal, São Bentinho, Cabedelo e João Pessoa.
Segundo ele, a própria Caixa Econômica detectou os desvios de dinheiro por meio de auditorias. A autoridade policial explicou que o suspeito é um caixa executivo, hoje aposentado.
Conforme a explicação, ele desviava valores oriundos de compras judiciais previamente autorizadas pela Justiça Trabalhista. Os tais valores que teriam como destino a Receita Federal ou o INSS, o servidor desviava para contas criadas por ele mesmo.
As investigações relatam que o suspeito movimentava as referidas contas pagando boletos, fazendo saques eletrônicos, em espécie e transferindo para terceiros.
O delegado ressaltou que mais de 500 guias foram falsificadas de 2018 a 2022, período da investigação. “Esses valores depositados em contas de terceiros, a gente ta apurando através de medidas judiciais respectivas, através de cautelares próprias, para verificar o destino desses valores, e se eram porventura posteriormente retornado para ele mesmo, o que pode caracterizar o crime de lavagem de ativos, ou lavagem de dinheiro”, detalhou.
Quanto ao prejuízo, Derly Brasileiro disse é de R$ 8 milhões, mas quando acrescentado multas e encargos acaba girando em torono R$ 23 milhões.
FAZENDAS
Segundo a Polícia Federal, vários mandados de buscas foram cumpridos em cidades da Paraíba, inclusive em fazendas.
Ele disse que o gado apreendido poderá ser submetido a leilão para então o dinheiro ser devolvido.
Ainda de acordo com a PF, o proprietário atual fica como fiel depositário para que não haja necessidade de retirar os animais do local agora, até decisão posterior.

Segundo a PF, o gado também foi apreendido, mas não foi tirado do local. O proprietário ou responsável assina um documento se responsabilizando pela guarda, até segunda ordem – foto: divulgação/Polícia Federal
Conforme fotos divulgadas pela PF, armas de fogo também foram apreendidas.
Derly Brasileiro destacou que o principal alvo não foi preso e que os próximos passos da investigação é fazer a análise do que foi apreendido como: objetos, documentos, entre outros, e ouvir pessoas envolvidas.
DIÁRIO DO SERTÃO
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