VÍDEO: “Se eu tivesse outra vocação, seria a de ser pai”, diz bispo de Cajazeiras ao falar sobre renúncias
Ao comentar sobre as escolhas feitas no caminho religioso, Dom Francisco ressaltou que as renúncias não representam peso, mas parte natural do chamado que decidiu seguir
Durante entrevista ao programa Olho Vivo, da Rede Diário do Sertão, nessa terça-feira (9), o novo bispo diocesano de Cajazeiras, Dom Francisco de Assis Gabriel dos Santos, refletiu sobre as renúncias da vida sacerdotal e destacou a dimensão da paternidade presente na vocação ministerial.
Ao comentar sobre as escolhas feitas no caminho religioso, Dom Francisco ressaltou que as renúncias não representam peso, mas parte natural do chamado que decidiu seguir.
“A vocação é uma escolha, e são renúncias que eu digo que foram necessárias para que eu pudesse viver intensamente e de forma coerente a vocação que Deus tinha me dado. Mas na minha vida, renúncia nunca foi um peso. Porque eu sabia que havia um horizonte que eu vislumbrava — e o meu desejo era de ser sacerdote, ser padre, estar ali na Igreja.”
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Entre as renúncias, o bispo destacou o matrimônio e a geração de filhos. Ele revelou, inclusive, que, se tivesse seguido outro caminho, sua vocação seria a paternidade.
“Não sei se posso dizer, mas se eu tivesse outra vocação, seria a vocação de ser pai. Porque eu gosto das crianças, e as crianças percebem isso.”
Dom Francisco contou que, tanto em sua trajetória como padre quanto em sua missão como bispo em Campo Maior (PI), sempre cultivou proximidade com as crianças durante as celebrações.
“As crianças gostavam da missa que eu celebrava, porque em algum momento eu ia me referir a elas, eu ia chamá-las, eu ia abençoá-las, eu ia aspergir com água benta. Eu acho que isso é paternidade.”
Para ele, a paternidade é indissociável da vocação sacerdotal.
“Aquele que não tem dom de paternidade dificilmente será um bom padre, e muito menos um bom bispo. Porque ser padre e ser bispo é, de fato, exercício de paternidade.”
O bispo concluiu destacando que a paternidade não é negada pela vocação ministerial; pelo contrário, é ela que humaniza o sacerdote e o guia em sua missão.
“A vocação ministerial não nega a paternidade, ao contrário: a vocação de paternidade que fica no âmago do ser é que vai, com certeza, humanizar aquele que é padre e aquele que é bispo.”
CONFIRA A ENTREVISTA COMPLETA:
DIÁRIO DO SERTÃO
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