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Paraíba sedia curso de formação sobre identificação de transmissores da Doença de Chagas

O evento acontece no Laboratório de Parasitologia e Entomologia do Departamento de Fisiologia e Patologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB até o dia 22 de setembro

Por Priscila Belmont

12/09/2017 às 18h15

Curso de formação sobre identificação de transmissores da Doença de Chagas

O Governo do Estado, por meio da Secretaria da Saúde, participou, na manhã desta terça-feira (12), da cerimônia de abertura do curso de Identificação de Triatomíneos e Parasitologia da Doença de Chagas, realizada no auditório do Centro de Ciências da Saúde, na Universidade Federal da Paraíba. O evento, que acontece no Laboratório de Parasitologia e Entomologia do Departamento de Fisiologia e Patologia do Centro de Ciências da Saúde da UFPB até o dia 22 de setembro, é promovido pelo Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), em parceria com o Instituto Osvaldo Cruz (Fiocruz), do Rio de Janeiro.

Participaram da mesa de abertura a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Paraíba, Renata Nóbrega; a chefe do Departamento de Fisiologia e Patologia do CCS/UFPB, Marília Gabriela Cavalcante; o diretor do Centro de Ciências da Saúde da UFPB, João Euclides Fernandes Braga; a coordenadora do Núcleo de Entomologia e Pesquisa Operacional da Paraíba, Laura Ney de Silans; o gerente operacional de Vigilância Ambiental da SES-PB, Geraldo Moreira, e a bióloga e mestre em epidemiologia da Secretaria de Saúde do Ceará, Cláudia Mendonça Bezerra.

O curso é uma formação técnica intensiva sobre a identificação de insetos transmissores da doença de Chagas e do agente etiológico da doença. Essencialmente prático, o curso é dirigido por profissionais que atuam no diagnóstico da doença de Chagas. A formação tem como público-alvo técnicos de nível superior dos estados da região Extra Amazônica, que atuam nas ações do Programa de Controle da Doença de Chagas. Participam do evento representantes de 16 estados, sendo um técnico por estado. Por estar sediando o evento, a Paraíba foi beneficiada com a formação de quatro participantes.

“Esse curso é importante para nosso conhecimento de Área Técnica, para integrar Vigilância Epidemiológica, Vigilância Ambiental e parte laboratorial nesse processo de conhecimento da nossa realidade epidemiológica e decidir quais as ações de campo pertinentes e necessárias para serem realizadas. Mesmo a Paraíba não apresentando casos endêmicos da doença de Chagas, é necessário estarmos sempre juntos com o intuito de fortalecer nossas ações de vigilância”, explicou a gerente executiva de Vigilância em Saúde da Paraíba, Renata Nóbrega.

O curso está dividido em duas etapas. Na primeira etapa será realizado um embasamento teórico sobre os aspectos epidemiológicos e ambientais da doença de Chagas; diagnóstico parasitológico da doença de Chagas, identificação do Trypanosoma cruzi, agente etiológico da doença. Na segunda etapa, será feito um embasamento sobre entomologia médica; importância médica veterinária dos triatomíneos; biologia e ecologia dos Triatomímeos; Sistemática e identificação das espécies de Triatomíneos de interesse em saúde pública; detecção de infecção natural e indicador de risco epidemiológico, entre outros.

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Entomologia e Pesquisa Operacional da Paraíba, Laura Ney de Silans, é importante estimular o controle da doença de Chagas, que com o aparecimento das arboviroses, como dengue, zika e chukungunya, ficou fora do foco da vigilância. “Sabemos que devemos manter a vigilância para a doença de Chagas. Fizemos algumas coletas aqui na Paraíba e foi surpreendente o número de triatomíneos que conseguimos coletar. Em aproximadamente cinco casas coletamos mais de 900 insetos, então isso traz uma grande preocupação e esse curso é o primeiro passo para revitalizar o programa de controle da doença, pois representa a perspectiva da retomada do controle não só aqui no estado, mas em todo território nacional. A capacitação desses profissionais permitirá que se faça um inquérito nacional sobre a dispersão dos vetores e uma análise qualitativa e quantitativa do risco de transmissão da doença”, concluiu Laura.

Secom

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