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VÍDEO: Psicólogo de Cajazeiras diz que é possível perceber ‘sinais’ de quem pode vir a cometer suicídio

Damião Júnior observa que o ato de tirar a própria vida geralmente não é algo repentino, mas sim uma ideia que vai se intensificando progressivamente

Por Luis Fernando Mifô

25/07/2019 às 19h42 • atualizado em 25/07/2019 às 19h44

Os recentes casos de suicídio em Cajazeiras e região estão preocupando a população e profissionais de saúde. O psicólogo Damião Júnior, que estuda o suicídio na perspectiva da saúde mental, afirma que este é também um problema social e, portanto, deve ser encarado como questão de saúde pública.

“Nós precisamos fomentar, de alguma forma, políticas verdadeiras que possam englobar igrejas, clínicas privadas e públicas, agentes de saúde comunitária; que possam pegar todas aquelas pessoas que têm contato direto com a população para que possam intervir nesses casos”, avalia.

Damião Júnior observa que o ato de tirar a própria vida geralmente não é algo repentino, mas sim uma ideia que vai se intensificando progressivamente. Durante este tempo, a pessoa emite sinais que podem ser percebidos por quem convive com ela.

“A pessoa vai construindo isso diariamente, vai planejando diariamente e vai emitindo sinais. É quando ela está passando por uma dor tão forte e tão profunda que ela não sabe dar nome àquela dor, e a única maneira de dar fim àquela dor que ela sente é tirando a própria vida”.

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Psicólogo cajazeirense Damião Júnior

Entre os sinais, o psicólogo aponta: isolamento, reações impulsivas, pensamentos externados, pessoas que já tentaram ou têm casos na família, entre outros.

“Quando a pessoas ameaça a própria vida, muitos gostam de dizer que é para chamar atenção. Mas verdadeiramente é para chamar atenção mesmo. Na hora que ela fala, ela acende o sinal amarelo. O grande trabalho está em não deixar ir para o sinal vermelho”, explica.

“Não estou dizendo que a pessoa, ao emitir o sinal, já vai fazer aquilo em seguida. Estou dizendo que: emitiu um sinal, precisa de intervenção, precisa de prevenção”, completa o psicólogo.

Redação DIÁRIO DO SERTÃO

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