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VÍDEO: Médico explica o que motivou interdição do pronto atendimento pediátrico do HUJB pelo CRM

Pablo Leitão diz que a decisão do CRM não teve a intenção de prejudicar ainda mais o atendimento pediátrico do HUJB que já vinha enfrentando dificuldades

Por Luis Fernando Mifô

10/05/2022 às 16h01 • atualizado em 10/05/2022 às 19h58

O médico Pablo Leitão, que faz parte do Conselho Regional de Medicina (CRM) em Cajazeiras, explicou na TV Diário do Sertão que foi a falta de médicos na escala de plantões que motivou a interdição do pronto atendimento pediátrico do Hospital Universitário Júlio Bandeira (HUJB).

De acordo com o Auto de Interdição Ética 08/2022, que foi exposto na entrada do HUJB na tarde desta segunda-feira (09), a decisão visa “a preservação da dignidade do atendimento a população e a segurança do ato médico”.

Segundo o médico Pablo Leitão, o HUJB não estava conseguindo completar a escala de médicos plantonistas, e com isso estava prejudicando o atendimento satisfatório à população.

“Qualquer hospital de urgência deve funcionar 24 horas por dia com atendimento médico sem furos. E foi identificado por parte da gestão do HUJB, e informado ao CRM, que ia ter diversas falhas porque não estavam conseguindo suprir a escala com plantões. E como teve essa perda de solução de continuidade dos plantões, que poderia prejudicar a assistência e a continuidade de uma criança que pudesse vir a procurar e no outro dia ficar desassistida, o CRM veio para atuar e fechar o plantão até que a gestão do HUJB possa estar suprindo o atendimento e possa fechar a escala e ter atendimento diário, prestando uma assistência de qualidade aos usuários do SUS e às crianças da nossa região”, explicou o médico.

Na porta do HUJB, o médico Pablo Leitão, que é membro da equipe de fiscalização do CRM-PB em Cajazeiras, ao lado de Bruno Leandro de Souza, diretor de fiscalização do CRM-PB (Foto: Divulgação)

Ainda segundo Pablo Leitão, o pronto atendimento pediátrico só será reaberto quando o HUJB suprir a escala de plantões completa. “A gente espera que o HU, o quanto antes, possa estar suprindo essas lacunas médicas na escala; que assim que eles conseguirem fechar a escala, o CRM vai estar de pronto liberando o atendimento novamente”.

Pablo Leitão diz que a decisão do CRM não teve intenção de prejudicar ainda mais o atendimento pediátrico que já vinha enfrentando dificuldades.

“O CRM interditando eticamente, não é falha do CRM, é uma falha da gestão em não estar conseguindo ter os médicos para atendimento. A gente só vem resguardar para que as pessoas não fiquem com falta de atendimento e que o hospital possa, o quanto antes, suprir essa demanda de médicos. Em qualquer local, o CRM preza que tenha atendimento médico, que possa ter uma prática adequada e que a população possa ser assistida de uma forma completa. Se não está tendo atendimento, não é culpa do CRM, é culpa de quem não conseguiu fechar a escala e não está conseguindo suprir a demanda de atendimentos daquele local de saúde”.

DIÁRIO DO SERTÃO

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