A situação atual parece o samba doido

Câmara dos Deputados, em Brasília (Foto: Rodolfo Stuckert/Arquivo)

Por: Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira – Caros leitores. Tenho a mais absoluta certeza de nada sei sobre economia, ou mais especificamente macro economia, nem tenho inveja de quem sabe, pois o que o tal “mercado” andou errando no ano passado, em que apostavam que nosso país iria virar um caos, ou como afirmou o sábio oficial deles, Paulo Guedes: “em seis meses uma Argentina e em um ano e meio uma Venezuela”, vemos o Brasil com índices de crescimento bem maiores do que o “decretado” pelo mercado e o desemprego em queda contra todas as previsões catastróficas dos experts.

O que isso indica? Que nossa economia não era tão frágil e que o governo não foi tão ruim quanto o que foi derrotado nas urnas. Agora o problema é que fora do executivo que tenta governar e do judiciário que tenta fazer com que a justiça exerça seu papel, vemos um Legislativo em que ao invés de se debruçar nos grandes temas nacionais, ficam perdendo um precioso tempo com coisas que não deviam de forma nenhuma estar em pauta em nosso país. Ao invés de estarmos discutindo temas como por exemplo, a retomada da construção naval, em que poderíamos construir 50 navios petroleiros e vinte plataformas de petróleo, fica a direita defendendo anistia para um capitão negacionista que ignorou uma pandemia mortal e que por diversas vezes afirmou que deveríamos dar um golpe de estado, além de muitas outras práticas absolutamente incompatíveis com o cargo que ocupou. Por outro lado, a chamada frente progressista, leva ao público e ao congresso temas fora do contexto, como o de banheiro unissex, pautas de minorias que às vezes nem os supostos beneficiários desejam. Uma índia Yanomami declarou que gostaria de ter um banheiro e poder fazer suas necessidades num sanitário, e poder dispor de energia elétrica, o que lhe é negado para que ela preserve sua cultura da idade da pedra polida. Noutro caso, uma estrada não pode ser construída para determinado lugar para não prejudicar o ecossistema e os índios não tem para onde ir numa emergência médica?  A Petrobrás não pode nem pesquisar na maior reserva petrolífera do mundo, enquanto outros países o fazem a poucos quilômetros?

Existe a famosa teoria de que um bater das asas de uma borboleta na Amazônia poderia provocar um tornado no Texas, mas a probabilidade de isso acontecer é extremamente remota, senão, tendo em vista a os muitos bilhões de borboletas da Amazônia, o Texas estaria sujeito a uma quantidade fantástica de tornados, o que definitivamente não acontece; O exagero é evidente,

Existem os preservacionistas, mas  não tenho fé em esquerdistas financiados por George Soros, que se diz “filantropo”, mas como sendo imensamente rico, pode-se muito bem questionar o propósito dessa filantropia. Nem posso confiar nesses direitistas que na maioria dos casos querem entregar nossas riquezas ao capital internacional a preços ínfimos. Sobre todos eles vem a lição de Lênin, no começo do século XX, já afirmava que “para cada revolucionário honesto, existem 59 espertalhões de 30 loucos, sendo esses últimos os mais difíceis de controlar”. Então fica nosso gigante adormecido à espera de que algum aventureiro chegue e nos tome o que é nosso, por causa de nossa própria incompetência.

Temos o pior legislativo de nossa História, e isso deveria nos envergonhar como nação, mas parece que nosso povo quer mesmo é esse tipo de representantes, salvo honrosas exceções; baixos, chulos e ignorantes. Foram nós, com nossos votos, que os puseram lá.

O povo não merece. Nosso país também não.

Tenho dito.

Cajazeiras, 11 de março de 2025.

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Saulo Péricles

Saulo Pericles Brocos Pires Ferreira (Pepe): Engenheiro Mecânico, especializado em engenharia de segurança do trabalho, Advogado, Perito em segurança do Trabalho e Assessoria Jurídica, membro fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras.

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