Ameaças golpistas
Por José Ronildo – Em encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com senadores, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), falou da importância da eleição do petista para a democracia e emendou que, se não fosse a posse de Lula, ele e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes estariam presos.
Já Lula fez questão de destacar a importância de Pacheco na defesa da democracia e acabou lançando o senador à disputa pelo governo de Minas Gerais em 2026.
Na apuração da Polícia Federal sobre uma tentativa de golpe de Estado em 2022, os investigadores encontraram uma minuta golpista que previa a prisão de Pacheco, Moraes e do também ministro do STF Gilmar Mendes.
Segundo a PF, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu essa minuta e chegou a pedir a retirada dos nomes de Gilmar e Pacheco, e a manutenção do de Alexandre de Moraes.
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No encontro realizado por Lula para se aproximar também dos senadores, Pacheco fez questão de destacar a importância da eleição do petista.
Disse que foi muito importante para a reafirmação da democracia brasileira, principalmente em um momento em que havia movimentos de pessoas que tramavam um golpe de Estado, e ainda pretendiam a prisão de autoridades e pessoas públicas.
Neste momento, colegas de Pacheco emendaram: “Inclusive a prisão do senhor e do Alexandre Moraes”. Pacheco respondeu: “Isso mesmo, inclusive a minha e a do ministro Alexandre de Moraes”.
Lula disse que seu governo tem a “plena consciência da importância que Pacheco teve para manutenção do processo democrático brasileiro, para a realização das eleições, juntamente com o ministro Barroso, quando esteve à frete da presidência do TSE defendendo os ataques que tinham como finalidade desacreditar as urnas eletrônicas e o processo eleitoral.
Pacheco disse que o ministro da Articulação Política foi fundamental para a aprovação dos projetos governistas no Congresso Nacional no ano passado. Já o presidente da Câmara dos Deputados Arthur Lira tem adotado uma posição crítica em relação a Padilha.
O presidente aproveitou para defender também Alexandre Padilha. Disse entender as dificuldades do cargo de ministro da Articulação Política, que sempre causa desgastes políticos, mas reafirmou sua confiança total no auxiliar e que não está em cogitação trocá-lo. Para lidar com um congresso cada vez mais ávido por poder e emendas, o presidente Lula está tendo que ter muito jogo de cintura.
Aprovação
Repercutiu bastante a queda na avaliação do governo Lula nas últimas pesquisas. O que estaria acontecendo, tendo em vista que o País vive um bom momento na economia com aumento do PIB, queda no desemprego, retomada do consumo, preços e combustíveis controlados.
É bem verdade que o País continua vivendo uma polarização entre esquerda e direita, representadas pelo próprio Lula, vitorioso após uma disputa acirrada e o ex-presidente Bolsonaro, que vai além do das ações do governo e da situação econômica.
O governo federal lançou alguns programas importantes como o de negociação dos endividados que estavam com o nome do SPC-Serasa; reestruturação do Bolsa Família, que no governo anterior foi transformado em um Auxílio Emergencial, mesmo depois da pandemia, com o ingresso de milhares de jovens e com a manutenção do pagamento de R$ 600,00, com acréscimo para as famílias com filhos menores, além do vale gás.
As pesquisas apontam que o presidente continua tendo o apoio do Nordeste e Bolsonaro dos evangélicos, militares, sul e sudeste. Talvez a queda na popularidade tenha a ver com o aumento da violência, dos assaltos e principalmente do avanço do crime organizado, além das viagens para o exterior.
Muitos eleitores, lógico, gostariam de ter um presidente no meio do povo, como ocorria com Bolsonaro que priorizava as viagens pelo País, mantendo sempre o contato direto com seu eleitorado.
Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.
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