Contraste

Por José Ronildo – Essa decisão da Azul de suspender os voos regionais no Ceará, Rio Grande do Norte, Maranhão e Piauí contrasta com a decisão do governo federal que anunciou em meados do ano passado um ambicioso plano de investimento que promete transformar o cenário dos aeroportos regionais no Brasil. Com um aporte que pode chegar a R$ 4 bilhões, a iniciativa visa tornar esses aeroportos mais atraentes para concessões a grupos privados a partir de 2025.
Fábio Lavor Teixeira, secretário executivo adjunto do Ministério de Portos e Aeroportos, destacou que os valores podem chegar a 4 bilhões. Este movimento faz parte do programa AmpliAR, que busca apresentar o projeto de concessão de aeroportos regionais a empresas e operadores já atuantes no Brasil, especialmente no Norte e Nordeste. Para especialistas o grande problema são os custos do transporte aéreo, tudo comprado em dólar. As despesas são enormes e mesmo recebendo incentivos fiscais dos governos estaduais, não dá.
Houve um esforço dos governadores dos estados nordestinos para que a aviação regional decolasse em seus estados, após a Azul lançar sua companhia regional. O governador João Azevêdo, atendendo reivindicações das lideranças empresariais de Cajazeiras procurou a direção da Azul e foi oferecida a linha nacional, com conexão em Recife. A cidade vibrou.
É bom lembrar que isso só possível graças a conquista do Aeroporto Regional Pedro Vieira Moreira e sua homologação pela ANAC. Outra luta da sociedade civil organizada composta por entidades de classe e clubes sociais, sempre tendo os empresários à frente.
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A ideia inicial seria uma linha para João Pessoa, apesar da população ter sonhado com linhas nacionais, especialmente para São Paulo, como acontece com Juazeiro do Norte já há bastante tempo, inclusive, muita gente de Cajazeiras e região embarca e desembarca naquela cidade todos os dias, e ntretanto, a proposta da Azul feita ao governador João Azevêdo foi uma linha nacional, pela Azul Conecta, com escala em Recife. Se não fosse assim, não daria certo. O número de passageiros desembarcando e embarcando em Cajazeiras tem correspondido às expectativas. Mesmo assim, a nossa linha aérea segundo especialistas está ameaçada após a decisão da Azul suspendendo todos os voos nos demais estados.
Segundo informações, a procura talvez não seja maior por conta dos preços. Alguns passageiros relatam que a passagem de São Paulo para Juazeiro, por exemplo fica mais em conta do que para Cajazeiras. Também tem gente que não tem o hábito de vir para Cajazeiras fazendo essa conexão em Recife e preferem continuar embarcando e desembarcando em Juazeiro onde jpa estão acostumados.
Não temos só notícias ruis em relação a aviação comercial. O Aeroporto de Patos que está recebendo investimentos de 35 milhões poderá ser uma base da Azul Linhas Aéreas na Paraíba com a criação de uma linha aérea para São Paulo.
Apoio
Na entrevista prestada ao programa Hora H, apresentado pelo jornalista e radialista Heron Cid, a prefeita de Cajazeiras Corrinha Delfino tentou sair pela tangente ao ser perguntada se votaria em no governador João Azevêdo para o Senado, caso ele seja candidato. Ela disse não teve como escapar da pergunta e não confirmou esse apoio afirmando que era cedo para esse tipo de decisão política, estando focada na questão administrativa. A nova gestora disse que estava aberta ao diálogo com o chefe do executivo para estabelecer parcerias administrativas e obras para o município.
Corrinha disse esperar, inclusive que aconteça uma audiência com o governador para apresentar as demandas da cidade. Evidente que a prefeita é novata na política, mas não é inocente ao ponto de anunciar um apoio político agora, sem se falar que tem como conselheiro, nada mais, nada menos do que o ex-prefeito José Aldemir. Ela, evidentemente que vai esperar os acontecimentos políticos, envolvendo inclusive, o seu partido, o PP.
A relação política de Zé Aldemir com João que ficou muito comprometida após a campanha eleitoral municipal. Aldemir guarda muita mágoa do governador, mas Lucas assumindo o governo e disputando a reeleição, as coisas podem se ajeitar e quem sabe ele também não decida apoiar o governador para o Senado.
Presente
O deputado estadual Júnior Araújo esteve presente no evento promovido pelo governador João Azevêdo para anunciar um pacote de obras e ações para os dois últimos anos do seu governo. Foi o primeiro evento promovido pelo chefe do executivo que Júnior compareceu desde as eleições municipais, quando houve um distanciamento e o parlamentar vinha evitando estar presente nos eventos, inclusive, durante as vindas do governador a Cajazeiras, além de ter declarado sua independência no legislativo estadual.
Durante a campanha, Júnior ficou chateado com o chefe do executivo pela forma como o governo entrou na disputa eleitoral, inclusive, exonerando seus aliados do HRC para abrir espaço para o grupo político de Pablo Leitão que rompeu com Zé e se aliou a Chico Mendes. Depois da eleição, Júnior negou que tivesse rompido com o governador. Júnior na realidade teria muito a perder caso rompesse com o governo já deixaria seus prefeitos totalmente desamparados. É preferível perder um boi do que a boiada.
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