D. Aldo, Pe. Luiz Couto e o "in noce".
Todas as pessoas têm seus direitos de livre expressão. Todas as instituições públicas ou privadas usam seus direitos de defenderem seus ideais, ideologias e outras coisas afins. Mas quando a Igreja Católica Apostólica Romana por meio de suas autoridades posicionam-se de acordo com a doutrina da Igreja sobre determinado assunto. Pronto. Tudo se torna uma grande polêmica e usam dos mais variados esforços para darem uma conotação politiqueira, sempre hostilizando a questão.
O ato instituído pelo arcebispo da Paraíba, Dom Aldo Pagotto, contra o padre e deputado Luiz Couto, suspendendo-o de suas funções sacerdotais não deve ser visto como um ato político, de perseguição e muito menos de retaliação contra a pessoa de Couto, como alguns colonistas afirmaram. O que é lastimável é perceber que todos os fatos acontecidos em Cajazeiras e por extensão na Paraíba é sempre observado pelas lunetas da política partidarista, do ideologismo mutilador e segregatativo. E esse posicionamento acaba esvaziando a discussão e alienando o povo da verdade das coisas e dos fatos.
O que é possível constatar neste fato é que de um lado está o Padre Luiz Couto que produz uma fala por si mesmo, dando evasão ás suas idéias pessoais ou como disse ele: na ocasião estava “falando como Político e não como Sacerdote”. Como se fosse possível separar entre dois entes distintos.
Esta atitude para mim mostra-se inaceitável, visto que ele por vocação tornou-se Sacerdote Para Sempre e como tal deve comungar com esta mesma Igreja no que diz respeito á sua doutrina, moral e a ética sustentada por ela. Defender a Verdade doutrinária da Igreja que é perita em humanidade, que historicamente tem assumido a missão de abraçar os que estão á margem de uma sociedade fria, indiferente e egoísta. A Igreja nunca defendeu a intolerância e a discriminação á homossexuais. Prova disso é o que traz em sua doutrina no Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 2358: “Um numero não negligenciável de homens e mulheres apresenta tendências homossexuais inatas. Não são eles que escolhem sua condição homossexual; para a maioria, pois esta constitui uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á para com eles todo sinal de discriminação injusta.”
De outro lado encontra-se D. Aldo Pagotto que fala não por si mesmo, nem apartir de suas idéias ou opiniões pessoais, mas fala em nome da Igreja da qual ele é representante legítimo, como sucessor dos apóstolos, que traz em si o múnus profético e a responsabilidade de zelar pela fé e pela disciplina em sua circunscrição eclesiástica. Movido por um coração de pastor, zeloso pela fé do seu rebanho, e não por perseguição política ou divergências ideológicas, o Arcebispo da Paraíba suspende do uso de Ordem o padre Luiz Couto, visto que as suas afirmações foram fortes e fantasiosas, contrariando o que na verdade ensina o Vaticano.
A Igreja já não mais persegue aquele pensamento livre e autônomo que esteja sempre a serviço da verdade e do bem, mas pelo contrário ela sempre o estimula e o evidencia em suas mais variadas estâncias. Porém, a Igreja que foi estabelecida pelo seu Fundador como a guardiã do Depósito da Fé, está sempre pronta a mais uma vez dar sua vida para que essa Verdade não seja violada, descaracterizada ou negada, mesmo quando usam para isso o argumento da livre expressão ou da Liberdade de Pensamento.
O Arcebispo que fala em nome da Igreja ensina ao Padre que fala por si mesmo. O Arcebispo que doutrina segundo as verdades e os ensinamentos da verdadeira Igreja ensina ao Padre e Deputado que doutrina segundo suas idéias e/ou opiniões pessoais, não se preocupando com a verdade das coisas e muito menos com a fé do povo.
Para saber mais
Catecismo da Igreja Católica.3. ed. Petrópolis: Vozes, São Paulo: Loyola,1993.
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