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Francisco Cartaxo

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Eventos e regras eleitorais da ACAL

12/04/2024 às 19h43

Coluna de Francisco Frassales Cartaxo

Por Francisco Frassales Cartaxo – Em maio próximo a Academia Cajazeirense de Artes e Letras completará cinco anos de existência. Antes de acender as velinhas, teremos dois significativos eventos, agora em abril. O primeiro é o término do prazo para inscrição de candidatos à nova Diretoria da ACAL, no dia 23, uma quinta-feira. O outro, será a posse de dois novos acadêmicos, eleitos em dezembro passado para ocupar as Cadeiras dos Patronos Eliézer Rolim e Manuel Ferreira Júnior, que ocorrerá na sede da ACAL, de comum acordo com o secretário municipal de Cultura, Eduardo Pereira.

Qual a significação desses eventos?

A eleição é, em si mesma, prenúncio de novos rumos, independente da natureza, dos objetivos da entidade, dos nomes dos futuros dirigentes. Tanto faz ter a amplitude de alcance de órgãos públicos ou o horizonte restrito de instituições privadas sem fins lucrativos como é o caso da ACAL. O prazo de inscrição, portanto, merece registro.

A posse dos novos acadêmicos Inácio Torres e Lígia Calado, no dia 26 de abril, é a primeira na história da ACAL, após sua fundação em 2019. A escolha obedeceu a longo processo de regras eleitorais, adaptadas às peculiaridades da Academia, sobretudo à diversidade de locais de domicílio de seus atuais 36 sócios fundadores, ou seja, dos eleitores. Reafirmo. Nossa gestão é intransigente quanto à natureza democrática da escolha na ACAL, expressa no caráter pessoal e secreto do voto. Impossível exigir-se a presença física de todo o corpo de votantes na Assembleia Eleitoral, obrigatoriamente, realizada em Cajazeiras. Dos 36 sócios, apenas metade reside aqui! A outra metade mora em oito cidades, seis das quais fora da Paraíba!

Por que não adotar o voto via internet?

Por que usar voto-papel e não eletrônico? Porque a ACAL é pobre de recursos materiais, nada comparáveis à Justiça Eleitoral ou ao aparato tecnológico da rede bancária. Para garantir o sigilo do voto, fez-se necessária muita criatividade. O caminho seguido nada tem a ver com atraso, apenas, com apego à tradição das Academias criadas no rastro da Academia Francesa de Letras.

Tem a ver, sim, muito mais com a adesão consciente, deliberada, inarredável a um dos fundamentos da democracia: o caráter secreto e pessoal do voto. Tanto é que as cédulas eleitorais são cremadas logo após à proclamação dos eleitos. É assim há séculos. E continuará sendo até que a ciência invente método telepático que materialize, secretamente, a vontade livre do eleitor. O resto é espuma.

Presidente da Academia Cajazeirense de Artes e Letras


Os textos dos colunistas e blogueiros não refletem, necessariamente, a opinião do Sistema Diário de Comunicação.

Francisco Cartaxo

Francisco Cartaxo

Francisco Sales Cartaxo Rolim foi secretário de planejamento do governo de Ivan Bichara, secretário-adjunto da fazenda de Pernambuco – governo de Miguel Arraes. É escritor, filiado à UBE/PE e membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL. Autor de, entre outros livros, Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Contato: [email protected]

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Francisco Sales Cartaxo Rolim foi secretário de planejamento do governo de Ivan Bichara, secretário-adjunto da fazenda de Pernambuco – governo de Miguel Arraes. É escritor, filiado à UBE/PE e membro-fundador da Academia Cajazeirense de Artes e Letras – ACAL. Autor de, entre outros livros, Guerra ao fanatismo: a diocese de Cajazeiras no cerco ao padre Cícero.

Contato: [email protected]

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